Freelancer é um profissional autônomo que trabalha para empresas de forma independente. Para entender esta tendência crescente de mercado, profissionais de publicidade e propaganda, de jornalismo e de design debateram seus respectivos mercados, em palestra organizada pelo Centro Acadêmico (CA4D), no dia 30 de outubro.
Foram convidados para debater o tema Carolina Gonçalves Castro, que escreve para a revista Galileu e o Jornal Folha do Concurseiro, Beatriz Varella, co-fundadora da agência Ocappi, Luciane Costa, do blog Vivendo de Freela e Johny Yu, aluno de 4º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM, que trabalha com criação e produção audiovisual.
As pessoas que optam por trabalhar como freelancers buscam liberdade e autonomia, sem se prender a uma rotina de um ambiente de trabalho tradicional, além de oportunidades de trabalho sem carteira assinada, o que onera o empregador. Beatriz Varella diz que apesar de toda liberdade, “é necessário que haja o mínimo de organização e planejamento para permanecer no meio”.
Alguns freelancers acabam trabalhando em áreas diferentes de sua formação acadêmica, como é o caso de Luciane Costa que, mesmo sendo formada em jornalismo, normalmente trabalha com marketing e assessoria de imprensa. Para ela, “é preciso saber dos ganhos e vantagens”, e diz que o olhar do jornalista é valorizado por conta da apuração e “de não pender muito para o lado poético ou de vendas”.
O que parece uma unanimidade é que muitos freelancers sentem falta do contato de colegas, trabalhando sozinhos. “Você ganha ideias com várias pessoas e referências. Em casa, você pensa: ‘não aguento mais estrar aqui’”, disse Beatriz sobre as desvantagens de trabalhar sozinha.
Além disso, a falta de estabilidade financeira é um dos fatores predominantes para que os “freelas” pensem em voltar a ter um emprego fixo. Sobre isso, Carolina Castro diz que não existe garantia de propostas e meses como dezembro, em que há muitos recessos: “normalmente é o momento em que mais encontram dificuldade em conseguir trabalhos”.
Antes de se arriscar a entrar nesse mercado, Luciane diz que é importante estagiar antes, pois ajuda a amadurecer, ganhar confiança no trabalho e saber como lidar com diferentes pessoas. “Ter uma relação com o chefe ajuda a ter uma relação com o cliente. Ter um tutor é importante para aprender essa dinâmica”, disse ela sobre como a experiência do estágio auxilia nas relações com clientes ao trabalhar como freelancer.
A dica de todos para quem deseja iniciar nesse meio é manter uma rede de contatos sempre e estabelecer o preço do trabalho. Beatriz aconselha a trabalhar com contrato ou com proposta assinada, como precaução para casos de clientes que voltam atrás na hora do pagamento pelo serviço.
Por Luiza Consul, 2º semestre