Símbolo da campanha setembro amarelo (Foto: reprodução)
Mundialmente, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio estimula a divulgação da causa “Setembro Amarelo”, vinculada ao dia 10 de setembro. A campanha começou no Brasil no ano de 2014, através do Centro de Valorização da Vida (CVV), em parceria com o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria. A princípio, a campanha começou timidamente em Brasília com a dominação do congresso e alguns espaços públicos de grande relevância para o Distrito Federal. Em 2015, ocorreu uma maior exposição e mobilização social, crescendo ainda mais no ano de 2016.
O suicídio é considerado um problema de saúde pública, tendo como principais motivadores, o álcool a depressão e as drogas. Os indícios de que o indivíduo irá cometer esse ato surgem gradativamente. O CVV tem como objetivo estar atento a esses sinais e assumir medidas protetivas e posturas preventivas. Além disso, também contribui para a valorização da vida e diminuição do impacto do cenário mundial em que mais de 800 mil pessoas se suicidam a cada ano, superando o número de pessoas mortas por homicídios, por guerra civil, por câncer e AIDS.
Elaine Macedo, voluntária do centro, declara que em um determinado momento deparou-se em um momento de surpresa em saber que o público jovem estava sendo cada vez mais atingido por esse problema de saúde pública. Assim, surgiu a ideia de que no dia 10 de setembro fosse praticada diversa ações para chamar atenção do público, na tentativa da remoção do Tabu que existe na cultura brasileira em relação a esse assunto. Junto com as ações, veio a ideia da cor que foi escolhida para representar o mês de setembro é o amarelo, que representa o significado de vida, luz, energia, e também o sinal de alerta da prevenção e do cuidar de cada pessoa.
O método utilizado pelos voluntários para atender as pessoas consiste em uma ajuda momentânea. “Nós definimos o atendimento como um amigo provisório para um momento de crise, de desespero, aquele momento em que você precisa de um pronto socorro emocional de alguém para te acolher e escutar o seu desabafo. Um momento em que você não tem com quem conversar e tem receio de como as pessoas vão reagir, e aí você pode conversar de maneira sigilosa sem se identificar”, disse Elaine.
A voluntária ainda complementa o discurso, dizendo que o padrão de semelhança entre os problemas abordados, varia bastante. Entretanto, é possível notar que normalmente as pessoas vítimas desse problema sofrem com o fator de auto aceitação e dificuldade em relações intrapessoais e interpessoais. Macedo diz que a história mais chamou sua atenção foi o caso em que uma pessoa jovem ligou ao Centro perguntando como poderia se matar mais rápido.
O Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias. Além disso o site www.cvv.org.br possui maiores informações a respeito do atendimento.
Por Camila Oliveira (2o semestre)