Brasileiro relata consequências do furacão Harvey no Texas

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O brasileiro Rafael Bragantini em quadriciclo junto ao filho, em rua alagada pelo furacão Harvey. (foto: arquivo pessoal)

No último dia 27 de agosto,  o estado do Texas sofreu com a passagem do furacão Harvey, que chegou à região com ventos que atingiam 200km/h. A tempestade foi a mais forte dos últimos 50 anos, deixando um saldo de 50 mortos e causando prejuízos que somam mais de 40 bilhões de dólares.

Depois de sua passagem pelo Texas, o furacão atingiu outros estados dos EUA. No entanto, o fenômeno já havia diminuído sua força nesse momento, caindo da categoria 4 para a 1. O brasileiro Rafael Bragantini, que mora no Texas há 7 anos, falou ao Portal de Jornalismo sobre o procedimento padrão nesses casos. “O plano é colocado em prática por regiões. Os moradores das partes mais baixas são os primeiros a saírem”, disse sobre o plano que existe entre o governo federal e o estado do Texas.

Subúrbio de Pearland, no Texas, depois da passagem da tempestade (foto: Rafael Bragantini)

Apesar de sua casa ter sofrido pequenos estragos, o brasileiro não acredita que há mais que o governo possa fazer para evitar mortes nessas catástrofes. “No caso do furacão Harvey, foi muita água, algo em torno de 20 trilhões de galões (47 trilhões de litros). Não tem como se preparar para algo assim. Morre gente presa nos carros, nas rotas de evacuação, sem gasolina, afogados e de calor”, afirmou. Na verdade, a passagem do Harvey matou até o início de setembro 44 pessoas no estado de Houston, e 19 desaparecidos até então.

Esse tipo de fenômeno climático já se tornou comum nos EUA e principalmente na região sul do país.  Em 2005, o furacão Katrina passou pelos Estados Unidos deixando um enorme rastro de destruição e de vítimas. Mesmo assim o brasileiro não pensa em sair de lá. “Tenho muito amor pelo Texas. Para furacões você se prepara. As casas e os carros possuem seguro. Você tem que ter algumas coisas estocadas em casa, como água e comida, e também um plano de fuga, no caso de precisar evacuar”, relatou Rafael.

Dez dias depois do acontecimento, o vendedor de produtos petrolíferos diz que a cidade ainda não voltou ao normal. “Você anda pelos bairros afetados aqui perto da minha casa e está tudo na calçada, tudo que foi perdido naquelas casas. É muito triste, mas você também vê os vizinhos se ajudando. Durante o furacão, 7000 pessoas se inscreveram para voluntariado na Cruz Vermelha”, contou. Além disso, ele também ressaltou que duas barragens de água da cidade ainda estão funcionando de forma parcial.

Por Giovanna Dagios (2º semestre)