“Arrasta Sem Parar” dá oportunidade a novas bandas no Sesc Vila

Clube do Balanço, uma das bandas do projeto Arrasta Sem Parar (Foto: Divulgação)

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Clube do Balanço, uma das bandas do projeto Arrasta Sem Parar (Foto: Divulgação)

Até o dia 26 de março, o Sesc Vila Mariana promove o projeto”Arrasta Sem Parar”, que convida artistas e bandas para divulgarem o seu trabalho. Nesses shows, eles convidam bandas de todos os estilos musicais e assim aproximam o público do bairro.

O projeto traz um repertório diferenciado para a praça de eventos do Sesc com diferentes estilos musicais. O ritmo escolhido para o mês de fevereiro foi o reggae, que contou com a apresentação da banda Veja Luz no dia 28, encerrando o ritmo. Os shows são sempre gratuitos, o que ajuda com que mais pessoas vão e conheçam outras bandas e ritmos.

Silas Storion, um dos responsáveis do departamento de shows do Sesc Vila Mariana, fala que o processo de escolha dessas propostas musicais passa por uma equipe técnica que avalia e contrata os melhores candidatos. “Os artistas nos procuram muito e normalmente fechamos nossas programações com dois meses de antecedência”, diz. Algo que concretiza o sucesso desse projeto do Sesc é a resposta do público. “Ela é imediata e bem satisfatória, existe uma procura muito grande por nossa grade de shows”.

Storion conclui: “A principal meta do projeto é dar espaço para grupos que estão começando suas carreiras, firmando e ajudando impulsioná-las”, e também recebendo grandes artistas para apresentarem e lançarem seus trabalhos.

“Eu não conhecia a banda, mas sempre curti muito o reggae, e por ser uma banda brasileira fui dar uma força para eles e gostei muito do som”, conta Ana Luiza, 22 anos, que foi ao show da banda Veja Luz.

Ana acha muito importante essa mistura de tribos musicais e a chance que o SESC dá para as bandas desconhecidas, já que vivemos em país onde a miscigenação ocorreu desde sempre.

Alemão, vocalista da banda de reggae nacional Marauê, que já participou de programas como Caldeirão do Huck, e é dono de sucessos como Olhar você e Gosto de te olhar, conta que o melhor jeito de um grupo se destacar é cuidar da sua própria carreira. “O trabalho independente é o melhor que tem, pois nunca algum evento de bandas ou de prefeitura irá atrás de você sendo desconhecido”, avalia.

Ele afirma que hoje a facilidade é maior para quem está começando graças à internet e as redes sociais: “Soltar um clipe na internet, ampliar as fontes do seu trabalho ajuda demais no nosso meio artístico”.  Outro ponto importante destacado foi o domínio que o sertanejo e o funk exercem no meio musical, algo que acaba “travando” os outros estilos: “É muito difícil uma banda de reggae se destacar para o grande público, algo que não vejo mudar tão rápido”.

As próximas atrações confirmadas para o mês de março são: Quarteto Olinda, natural de Pernambuco, que toca músicas do gênero forró de rabeca (dia 6); Lumen em o Sacro e o Profano na Música Judaica, que aborda a diversidade do repertório judaico, principalmente os dois pilares, o sacro e o profano (dia 12); e Ione Papas, produz show “É Hora de Sambar”, no qual apresenta sambas de várias vertentes, (dia 13). Todas as apresentações são gratuitas.

 Por Gabriel Garcia e Lucas Orte (3º semestre)