Apesar de ser um bairro seguro, a Vila não está livre de furtos, avalia estudante

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Celulares são alvos de ladrões, especialmente nas imediações dos metrôs. Foto: Mariana Miranda

 

A Vila Mariana é uma região residencial de classe média. De acordo com o que está publicado no site da subprefeitura da região, a renda média da população é de R$ 3.600. Logo, não é raro ver pessoas circulando com celulares e outros aparelhos eletrônicos pelas ruas. Em diversos bares e restaurantes, é comum ver celulares sobre as mesas, inclusive em cima daquelas que ficam nas calçadas, facilitando furtos e roubos.

A ocorrência desse tipo de crimes varia entre 20 e 30 casos por dia, segundo um policial militar que atua na região e que não quis se identificar. Existe uma diferença entre furto e roubo. O primeiro é a subtração de algum objeto sem o uso da força, enquanto o segundo significa a subtração usando violência ou ameaça.

De acordo com o policial, por serem consideradas mais frágeis, as mulheres são os principais alvos desses crimes. Segundo o policial, os ladrões aproveitam quando percebem que elas estão caminhando sozinhas ou distraídas. Eles também se aproveitam das motoristas que dirigem os carros, com os vidros abertos e o celular nas mãos. “O horário de pico é o preferido porque o trânsito fica mais lento. E como as pessoas estão sempre conectadas, elas esquecem de prestar atenção em quem se aproxima do carro”, afirma o policial.

Duas vezes

A estudante universitária Clara Vieira já foi roubada duas vezes no bairro. Na primeira vez, saia da academia, mais ou menos às 19 horas, quando um homem jovem passou correndo e tomou o celular da sua mão. “Fiquei um bom tempo assustada. Não queria mais andar com meu celular e tinha medo até de olhar as horas. Ele só me empurrou para pegar o celular, mas poderia ter feito alguma coisa pior”.

Dois meses depois do primeiro crime, a jovem foi assaltada de novo. Dessa vez, quando voltava da faculdade. Um homem a ameaçou com uma faca, exigindo objetos de valor como celular, carteira e relógio. “Depois disso, fiquei traumatizada. Evito voltar para casa andando depois de certo horário e tento não andar sozinha. Porque, apesar de ser um bairro seguro, a Vila ainda não está livre desses pequenos crimes”, afirma a estudante.

Ainda de acordo com o policial, os maiores índices de ocorrência são nas imediações dos metrôs Vila Mariana e Ana Rosa por causa da quantidade de gente que transita nesses locais.

Mariana Miranda (1° semestre)