Agenda 2030 pauta segundo dia da Virada ODS
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Experiências de projetos relacionados a metas sustentáveis são partilhados por especialistas – Foto: Laura Margutti
Laura Margutti (1º semestre)
O segundo dia da Virada ODS 2023 teve início com a intervenção de quatro professores do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), que apresentaram projetos voltados à Agenda 2030 mantidos pela instituição. Em roda de conversa na Praça das Artes, no centro histórico da capital paulista, durante a manhã do dia 17 de junho, Rodrigo de Benedictis Delphino, Andréia de Alcantara Cerizza, Fabiana Souza Ferreira e Roberto Ramon Mendonça indicaram maneiras de contribuir para o desenvolvimento sustentável.
Agenda 2030 é um documento que a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou em 2015, com orientações aos seus países membros para o estabelecimento de uma nova agenda de sustentabilidade em um prazo de 15 anos. Ali, estão definidos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável – chamados comumente pela sigla ODS – que se voltam, resumidamente, a erradicar a pobreza e proteger o meio ambiente e o clima.
Relatos de experiências – Delphino iniciou a palestra apresentando propostas voltadas ao ODS 2 (fome zero e agricultura sustentável) e contou que o foco de suas aulas de gastronomia sustentável é o reaproveitamento de alimentos que normalmente são descartados, o que, em seu argumento, combate a carência alimentar e implica em melhoria ambiental. Como exemplo, mencionou uma receita simples, mas que sempre causa espanto aos alunos: bife de casca de banana. “A aula é importantíssima quando nos ensina a consumir melhor e gastar menos”, disse.
Cerizza, por sua vez, se referiu ao ODS 5 (igualdade de gênero) e discorreu sobre o projeto “Mulheres 1000”, que atende mulheres em vulnerabilidade social. O trabalho se volta para a educação econômica e tecnológica da mulher recepcionada. “Vimos que não adianta a instituição desenvolver para a comunidade externa. É preciso também desenvolver a própria comunidade interna. Isso é uma reflexão para entender o porque de as mulheres não estarem em cargos altos”, acrescentou.
Por fim, Ferreira e Mendonça trataram dos ODS 13 (ação contra a mudança global do clima) e 16 (paz, justiça e instituições eficazes), respectivamente, destacando projetos voltados a áreas de risco e à segurança pública.
Apelo global – No site da ONU, os ODS são definidos como “um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade”. Confira abaixo os 17 itens estabelecidos pela agência internacional.
1. Erradicação da pobreza. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
2. Fome zero e agricultura sustentável. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
3. Saúde e bem-estar. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
4. Educação de qualidade. Assegurar a educação inclusiva, e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
5. Igualdade de gênero. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
6. Água limpa e saneamento. Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
7. Energia limpa e acessível. Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.
8. Trabalho de decente e crescimento econômico. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
9. Indústria, inovação e infraestrutura. Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação.
10. Redução das desigualdades. Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.
11. Cidades e comunidades sustentáveis. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
12. Consumo e produção responsáveis. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
13. Ação contra a mudança global do clima. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.
14. Vida na água. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares, e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
15. Vida terrestre. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da Terra e deter a perda da biodiversidade.
16. Paz, justiça e instituições eficazes. Promover sociedades pacíficas e inclusivas par ao desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
17. Parcerias e meios de implementação. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
#ParaTodosVerem: Os quatro palestrantes aparecem sentados, em um palco, à frente de um banner com a logomarca do evento. À esquerda, também sentada, uma tradutora de LIBRAS apresenta as falas em língua de sinais.