Sabrina Farnezi, da ESPM-SP, publicou um vídeo na rede social TikTok que obteve mais de 1 milhão de visualizações ao tratar da bolsa Le Pliage, da marca Longchamp. O foco do post é a popularidade entre as alunas da faculdade: “acho que essa bolsa estava em uma lista de material obrigatório da ESPM e eu não sabia”, descreve Sabrina em vídeo. O acessório realmente é popular: de acordo com o Etiqueta Única Blog, 26 milhões de unidades da Le Pliage já foram comercializadas no mundo. Embora famosa, ela realmente vale a pena?
Descrita como “chique sem esforço” pela própria marca, o nome da bolsa de 1993 vem do francês “pliage”, que significa “dobrável”. O item à prova d ‘água tem espaço suficiente para um notebook, apostilas, nécessaires e muito mais. A mudança de mochila de escola para bolsa universitária é comum entre as “bixetes” das faculdades do Brasil. A Le Pliage tornou-se uma marca de luxo alvo de interesse da faixa etária.
A estudante Ana Luiza Amparo, estudante de Moda e Têxtil na USP, comentou sobre o preço do acessório e observou que “não é uma bolsa de couro ou de um material muito tecnológico, ela é de poliamida reciclado e eu não pagaria seu preço em uma bolsa desse material”. Também sobre sua popularidade, “a Le Pliage pode ser vista como símbolo de status social e é extremamente superestimada”, completa Ana.
Custo benefício
O Brasil é o nono país que mais gasta com roupas e acessórios no mundo, mesmo com uma renda média de 3000 reais, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Um salário mínimo no país, estimado em 1412 reais, não compra nem bolsa Le Pliage mais barata, à venda no site de itens de luxo Farfetch por 1500 reais. Porém, a Le Pliage mais cara pode chegar a 6300 reais, evidenciando o alto preço do item e seu público alvo, a elite.
Embora sua popularidade sugira que a bolsa é bonita e prática, a Le Pliage, como qualquer acessório de luxo, tem como seu maior defeito o preço. Seus diversos tamanhos podem ser adaptados a várias situações e a impermeabilidade é um fator favorável à compra. O consumidor deve decidir se a bolsa atende às necessidades e se seu valor é viável ao determinar o investimento no item mais vendido da Longchamp.
Essa matéria também está publicada no Blog Pesponto em Pauta
