Pelo Mundo ESPM – Paraty
Júlia Dal Bello – (1] semestre)
Analu Rigatto – (4º semestre)
A cidade colonial, considerada Patrimônio Histórico Nacional, preserva até hoje os seus inúmeros encantos naturais e arquitetônicos. Passear pelo Centro Histórico de Paraty é entrar em outra época
A história de Paraty se inicia com um pequeno povoado em cima do Morro de Vila Velha, hoje chamado de Morro do Forte, ainda em meados do século XVI. Por volta de 1640 Dona Maria Jácome de Mello doou uma área situada entre os rios Paratiguaçú, hoje Perequê-Açú , e Rio Patitiba para que o povoado se estabelecesse. Este é o local onde hoje se encontra o Centro Histórico de Paraty. Como condição, ela solicitou que fosse construída uma capela de devoção a Nossa Senhora dos Remédios.
Inicialmente este povoado pertencia ao município de Angra dos Reis. Mas em 1667 Paraty foi elevada à condição de vila, ganhando a denominação de Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty.
Paraty ganhou importância devido à sua localização, no fundo da baía de Ilha Grande. De lá saía um caminho utilizado pelos Guaianás, que subia a serra na direção de Lorena e de lá seguia na direção de Minas Gerais. Este caminho, hoje conhecido como Caminho do Ouro, passou a ser utilizado para trazer o ouro extraído em Minas para ser embarcado para o Rio de Janeiro e de lá seguir para Portugal. Assim Paraty tornou-se um entreposto comercial de grande importância.
Outra importante atividade econômica do município foi a cana-de-açúcar. Paraty chegou a ter mais de 250 engenhos e a cidade foi uma grande produtora de cachaça. O nome Paraty foi sinônimo de cachaça até meados do século XX. Atualmente restam poucos alambiques, mas estes produzem cachaça artesanal de ótima qualidade, inclusive tendo recebido o selo de identificação geográfica que protege o nome atrelado à qualidade do produto produzido na região.
Em 1870 a abertura de uma estrada de ferro entre Rio e São Paulo passando pelo Vale do Paraíba tornou a trilha que descia a serra obsoleta. Paraty foi perdendo importância e ficou esquecida. Com a abolição da escravatura em 1888 a maior parte da população abandonou a cidade, que ficou esquecida por décadas
Este período de esquecimento foi justamente o que propiciou a preservação da arquitetura colonial da cidade até a abertura da Rodovia Rio-Santos em 1974. A partir daí surgiu um novo ciclo, o ciclo do turismo. Paraty foi considerada Patrimônio Estadual em 1945, foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1958, finalmente convertida em Monumento Nacional em 1966 e em 2019, considerada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. A natureza, a cultura e a história preservada do local se tornaram importantes atrativos turísticos. O turismo é hoje a principal atividade econômica da cidade.
O município localiza-se no extremo oeste do litoral do Estado do Rio de Janeiro, junto à divisa com o Estado de São Paulo e é constituído pelas áreas íngremes da Serra da Bocaina (trecho da Serra do Mar), pelos vales de inúmeros rios que dela descem, e por uma estreita borda litorânea.
O colorido das janelas e portas dos casarões coloniais hipnotiza os viajantes que chegam a Paraty, no Rio de Janeiro. Os tons fortes se juntam ao intenso verde da Mata Atlântica, que acompanha toda a cidade e emoldura o mar. Por dentro da serra, cachoeiras dão um toque ainda mais espetacular à encantadora Paraty. A cidade alia turismo histórico, paisagens naturais exuberantes, pousadas charmosas, excelente gastronomia e um intenso movimento cultural.
O Centro Histórico tem lojas repletas de artesanatos, ateliês de artistas locais estão por toda parte, fotografias estampam as vitrines. Impossível negar essa vocação diante de eventos como a Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP e a Paraty em Foco, que reúne fotógrafos de todo o país.
a circulação de estrangeiros continua intensa e a arquitetura colonial, bastante preservada, é uma bela maneira de viajar na história.