Pequenos serviços sobrevivem na Vila Mariana

Costureira trabalha no bairro há quase 20 anos. Foto: Alisson de Moraes

A felicidade está nas coisas simples. Pequenos serviços como corte e costura, conserto de sofás e afiação de facas são exemplos disso. Apesar de cada vez mais raros em São Paulo, alguns deles ganharam força com o sistema de franquias. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), publicados no site do Estadão, algumas franquias de pequenos serviços para condomínios oferecem margem de lucro líquido que chega a 40%.

E essa tem sido uma tendência nos bairros que se verticalizam. A costureira Lindauva de Jesus, 64, dona do Negra Linda – Serviços de Costura, presta serviços na Vila Mariana há 19 anos. “Estou aqui há muito tempo e meu maior orgulho é deixar um cliente satisfeito. Em todos esses anos, nunca tive um serviço devolvido”, afirma.

Ela costuma atender alunos da ESPM e conta que, em uma certa oportunidade, três rapazes, estudantes da escola, pediram para ela fazer três roupas de balé cor de rosa para irem a uma festa a fantasia.

André Ribeiro, morador da Vila Mariana, é cliente da Negra Linda. Ele conta que há dez anos utiliza os serviços da empresa e indica a todos os amigos. O morador diz que a qualidade do trabalho feito por Lindauva é simples e eficiente.

Uma das dificuldades para manter um pequeno serviço são os custos. “Eu tenho muito orgulho de ter esse projeto, mas não sei até quando vou poder mantê-lo, é muito caro. Existem muitos impostos e burocracia no Brasil”, diz Mauro Cesar de Paula, 59, dono da Graphias – Casa da Gravura.

Gravuras feitas por alunos do Graphias. Foto: Alisson de Moraes

Se as dificuldades são grandes, existem empresas como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) que podem ajudar. A instituição oferece suporte e treinamento visando desenvolver o empreendedor. A unidade mais próxima da Vila Mariana fica na Rua Vergueiro 1117, Liberdade.

Alisson de Moraes (2º semestre)