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No seu dia, comissária exalta que “a vista mais bela que um escritório pode ter é o céu”

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Brenda de Sousa, 17 anos, no intervalo de sua profissão (Foto: Arquivo pessoal).

Brenda de Sousa, 17 anos, no intervalo de sua profissão (Foto: Arquivo pessoal).

No dia 31 é celebrada a profissão de comissário de bordo. Este profissional fica a bordo das aeronaves, zelando pelo conforto e segurança dos passageiros. No Brasil e em Portugal, essa profissão para o sexo feminino é conhecida como aeromoça. Brenda de Sousa, 17 anos, estudante e comissária de voo, conta que não se sente receosa em voar, mesmo após o trágico acidente que envolveu os jogadores da Chapecoense, em 29 de novembro do ano passado. “Quando a gente tem conhecimento de todas as coisas e todas as falhas, a gente vai fazer de tudo para que seja diferente e não aconteça novamente”, comenta.

Ela diz que, para entrar no ramo da aviação, é preciso ter encorajamento e não ceder à pressão de um possível acidente aéreo. “Cada dia que você entra numa aeronave, é necessário ter em mente que a sua responsabilidade é salvar a vida de pessoas e se preciso doar a sua para manter todo mundo vivo”, diz a comissária. Porém, Brenda também explica que parte dos passageiros não dão importância para as informações dos profissionais que lhe são ditas em um caso de acidente aéreo. “Recentemente, houve um acidente de despressurização da Companhia Latam e foi desesperador”, conta.

Laís Araújo, 19, sobrevoando Arujá, região metropolitana de São Paulo. (Foto: Arquivo pessoal)

Laís Araújo, 19, sobrevoando Arujá, região metropolitana de São Paulo. (Foto: Arquivo pessoal)

Já Laís Araújo, 19, também estudante para comissária de voo, diz que a princípio é difícil entender a situação e assimilar o que acontece diante de uma pane dentro do avião, mas é preciso colocar em prática o que aprendeu para tranquilizar os passageiros a bordo. “Como todo comissário bem treinado, é preciso ter calma e sangue frio para realizar todos os procedimentos corretos para conter o pânico dos passageiros”, conclui, ao explicar sobre o fato de um acidente aéreo.

Ela diz também que para ser um comissário, é preciso trabalhar bastante a mente, pois se sabe dos riscos oferecidos em um dia de trabalho na área. “ Sabemos bastante dos riscos que corremos, mas trabalhamos bastante o nosso psicológico com treinamentos práticos e bem intensivos”, explica. segundo ela, apesar de todos os problemas econômicos que o país enfrenta muitas empresas aéreas estão investindo em novas aeronaves. “A crise afetou por um tempo sim, mas as coisas no setor aéreo já estão sendo estabilizadas, e pelo jeito, bem rápida, fala.

Laís diz que o que a encoraja para seguir na profissão é o amor ao próximo, saber que vai poder cuidar de pessoas todos os dias, mesmo que não as conheçam. “O que me encoraja é saber que eu vou fazer parte da realização de muitos sonhos, como por exemplo, o caso da menina que foi à Disney pela primeira vez. A vista mais bela que um escritório pode ter é o céu”, concluiu.

Números

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o índice de voos no Brasil tem diminuído em comparação ao ano anterior (2016). Os dados apontam que houve uma queda de 15 meses seguidos. A ANAC ainda prevê uma baixa de 8% para este ano devido à crise que o Brasil enfrenta. Segundo o site do DECEA o aeroporto que realiza mais voos no Brasil é o de Guarulhos (GRU) em São Paulo, com mais de 299.457 movimentos aéreos em 2015. Este é o maior estabelecimento comercial aéreo do mundo e realiza uma média de 27% de voos internacionais.

 Por Mateus Lemos (1o semestre)

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