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Verde-amarelo levanta debate na Parada do Orgulho

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Participantes celebram a 28ª Parada do Orgulho na Paulista. Crédito Foto: Maria Travalin

Maria Travalin – 1º semestre

A 28ª Parada do Orgulho LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo ocorreu no último domingo (2) na Avenida Paulista e teve como tema “Basta de negligência e retrocesso no legislativo: vote consciente por direitos da população LGBT+”. Segundo a organização do evento, mais de 3 milhões de pessoas participaram durante o dia, incluindo artistas como Gloria Groove e Pabllo Vittar, a concentração se iniciou às 10h, nas ruas Haddock Lobo e Bela Cintra, e seguiu percurso até a Consolação.

Nesta edição, a organização da Parada orientou o público a ir vestido de camiseta verde e amarelo, buscando desassociar a bandeira nacional e o sentimento de nacionalismo de quaisquer movimentos políticos. 

O Portal esteve presente na comemoração e verificou que a quantidade de pessoas que vestiu a camisa mostrou que o conselho foi seguido por drag queens, crianças, famílias e casais. Em cima do Trio da Vivo, Pabllo Vittar, também usando as cores da bandeira brasileira, guiou 73 mil pessoas, por volta das 14h30, pela Avenida Paulista.

A abertura do desfile foi realizada pela ONG Minha Criança Trans, que levantou bandeiras, marcando a existência da transgeneridade na infância, e por pessoas com deficiência, celebrando a diversidade em diferentes esferas sociais. 

A partir desse horário, as ruas ficaram cada vez mais movimentadas, quando começaram os rumores sobre roubos. Segundo o balanço da Polícia Civil, 273 boletins de ocorrência foram registrados pelo crime de furto neste ano, que, quando comparado à edição anterior, teve uma queda de 27%.

 

Política

Projeto de Lei que propõe a proibição de crianças e adolescentes em desfiles relacionados à Parada do Orgulho LGBTQIA+ fará um ano de tramitação na Câmara Municipal de São Paulo nesta quinta (13). 

Apresentada pelo vereador Fernando Holiday (PL), a PL 0325/2023 é justificada pelo autor pelo “dever de proteger a formação moral dos jovens, que podem sofrer com interferências de eventos como esse”.

Na Parada, cartazes da organização e de coletivos estavam espalhados por toda a avenida, relembrando o tema da edição e a importância de se questionar propostas como a de Holiday. A principal questão levantada, tanto pelos organizadores quanto pelo público, foi a de resistir a avanços conservadores no Poder Legislativo, especialmente em relação aos direitos da comunidade LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais e Assexuais) no Brasil.

Francisco Melo, participante da parada, comentou sobre o impacto do retrocesso no Legislativo na vida da comunidade LGBT+: “O tema é muito segregado, inclusive da política, então ter um espaço como esse para discutir é muito importante, porque cria consciência política”.

O evento contou, também, com a presença da deputada federal Erika Hilton, primeira negra e trans eleita à Câmara, que ganhou popularidade nas redes sociais ao defender e discutir cidadania e garantia de direitos. 

Em cima do trio elétrico, ela incentivou o público a ir às urnas este ano e eleger políticos que representem suas lutas e resistências, retomando o verde e amarelo. “As (sic) LGBT construirão a democracia. Marcharemos nesta tarde retomando a bandeira brasileira para as nossas mãos. Estamos aqui resistindo, lutando, celebrando e dizendo que o Brasil será melhor”, completa.

Parada LGBTQIA+
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