A Catedral de Milão foi construída a partir de 1386 por iniciativa do arcebispo Antonio de Saluzzi, e sua conclusão só ocorreu no século 19.
Junto da entrada da catedral encontram-se os vestígios romanos, referentes às antigas basílicas de Santa Tecla (que era a basílica usada no verão e estava onde hoje é a praça da catedral) e de Santa Maria Maggiore (usada durante o inverno, localizava-se exatamente onde hoje está o Duomo), ambas destruídas num incêndio em 1075.
O Duomo foi construído com mármore branco-rosa de Candoglia, próximo do Lago Maggiore, ao noroeste de Milão, transportado através dos canais.
Diferentemente das demais igrejas, o Duomo é a única igreja do mundo que possui sua própria marmoraria, portanto, desde a construção até hoje, a jazida de Candoglia fornece o mármore para a restauração do edifício.
Depois das estátuas externas, a outra atração na decoração da catedral são os vitrais que no período dos bombardeios da segunda guerra mundial foram retirados e substituídos por pedaços de madeira e contam histórias de santos e profetas.
Sarcófagos de mármore de famílias nobres milanesas enriquecem as várias capelas laterais e entre as estátuas de dentro da catedral, a mais famosa é a de São Bartolomeu, em cujo martírio fora esfolado vivo, assim aparece segurando a própria pele como um manto.
Destaca-se, dentro da catedral, a cripta de São Carlos Borromeo, arcebispo de Milão e uma pequena sala onde ficam expostos os tesouros do Duomo com os objetos litúrgicos utilizados na catedral durante as principais cerimônias.
Na atualidade, é possível observar a existência de uma significativa diferença cromática do mármore externo e interno, e isso se deve ao fato de que o exterior da catedral passou por um processo de limpeza nos últimos 10 anos, enquanto no interior do templo, não ocorreu a mesma limpeza, assim, o mármore se mostra escurecido pela ação do tempo.
Ao contrário do que se pode pensar, apesar da sua grande dimensão, o interior do Duomo de Milão é incrivelmente acolhedor. Não passam desapercebidas as lindas janelas de vidro colorido que representam cenas da Bíblia e refletem uma luz etérea no chão da igreja.
A Catedral guarda uma preciosa relíquia: um dos pregos da Cruz de Cristo. Ela foi doada pela mãe do imperador Constantino, Santa Helena. Essa relíquia fica exposta dois dias a cada ano no segundo sábado do mês de setembro.
Uma das maravilhas da Catedral de Milão é o Calendário Solar que corta seu interior por uma linha de cobre assentada no chão. A cada espaço, um símbolo do signo do Zodíaco é iluminado pelo Sol através de uma cavidade no teto indicando a posição do astro.
Inaugurada em 1387, por Gian Visconti, A Fabbrica del Duomo é uma instituição voltada para a restauração e conservação da Catedral de Milão, e para a administração de suas verbas e atos eclesiásticos. A intenção da criação da Fabbrica era a gestão dos recursos adquiridos para a edificação da Catedral. De lá para cá, a instituição gerencia o ingresso de mais de dois milhões de visitantes. Também é responsável pelos Estaleiros, o Museu da Catedral, a Capela Musical e o Arquivo-Biblioteca.
A catedral que possui sua importância histórica, é a sede da Arquidiocese de Milão e uma das mais célebres e complexas edificações em estilo gótico da Europa.
Sendo assim ela continua a desempenhar sua função, e realiza regularmente atividades religiosas.
Visitar a Catedral de Milão, uma das maiores da Europa, é sentir o peso do poder econômico da região e de sua fé. Símbolo de Milão, um tesouro italiano.