Tecnologia brasileira facilita rotina diária, inclui e empodera usuários
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Atualmente, tanto profissionais quanto amantes da tecnologia têm inventado produtos e processos digitais para facilitar a vida das pessoas, como a criação e a melhoria para aplicativos, o desenvolvimento de games e o reconhecimento facial em smartphones
Empresas e governos estão gerando ferramentas inovadoras para pessoas com necessidades especiais, por exemplo. A Netflix disponibiliza conteúdo com narração para deficientes visuais, para que descrevam o que ocorre nas cenas.
Já o Ministério do Planejamento, junto com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), criou o VLibras, programa que permite tradução de textos, áudios e vídeos para a linguagem de sinais. Foi pensando para ajudar parte dos 10 milhões de deficientes auditivos do Brasil, segundo o último censo feito pelo IBGE.
Disponibilizado gratuitamente, o VLibras pode ser usado em celulares, tablets e até em televisões digitais, segundo o coordenador do programa, César Bomfim. Com ele, os cidadãos terão mais acesso a serviços públicos e a informações que antes não tinham.
A tradução é feita por uma animação. Após analisado o conteúdo, as informações são transmitidas na linguagem de sinais, libra, por um personagem feito em computador, que conta ainda com legenda.
Autonomia
A denúncia da escritora Clara Averbuck, que teria sido estuprada por motorista de aplicativo de carona, espalhou-se graças à hashtag na internet #MeuMotoristaAbusador. Não só ela, outras mulheres relataram os casos de abusos que passaram em táxis e carros de aplicativos.
Gabriela Côrrea, empresária de 35 anos, passou por um episódio de assédio e decidiu desenvolver um aplicativo de transporte urbano em que isso não pudesse acontecer, criando assim o Lady Driver, que aceita apenas motoristas e passageiras mulheres. Poucos meses após o seu lançamento, o aplicativo obteve 105 mil downloads e 8700 motoristas.
A fundadora do aplicativo falou à reportagem das oportunidades que o aplicativo abriu para as mulheres, como a de uma muçulmana que, por conta de sua religião só podia pegar carona em carros dirigidos por mulheres. Ou do depoimento de uma mulher que conseguiu se realizar como uma profissional autônoma:
“Uma mulher chegou na Lady Driver porque queria tomar uma decisão em sua vida. Ela era dona de casa, não tinha uma renda pessoal e estava infeliz com o seu casamento. Como motorista da Lady Driver, ela agora é totalmente independente”, completa a empresária.
Por Walter Niyama, 4º semestre