Painel discute Jornalismo e Meio Ambiente no 2º Seminário Internacional de Jornalismo
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Por Luan Fazio (4º semestre), Marina Toledo, Pedro Lino e Tássio Leal (1º semestre)
O painel 2 do 2º Seminário Internacional de Jornalismo esteve voltado à cobertura jornalística do meio ambiente e contou com a participação de Vico Iasi, repórter e apresentador do Globo Rural, Leão Serva, colunista do Jornal Folha de S. Paulo, comentarista de mobilidade urbana na CBN e professor de Jornalismo da ESPM-SP, e Daniela Chiaretti, repórter de jornalismo ambiental do jornal Valor Econômico. A mediação foi realizada pela jornalista Heidy Vargas, professora do curso de jornalismo da ESPM-SP.
Heidy Vargas iniciou o painel com o questionamento: “por que no jornalismo ambiental, às vezes, há excesso de cobertura, mas, em outras, não há cobertura suficiente?”. Uma das possíveis respostas ao longo do debate girou em torno da multiplicidade de possibilidades que o tema oferece.
Vico Iasi, que trabalha desde 1995 com jornalismo e meio ambiente, ressaltou como um problema ambiental pode se transformar em um drama humano se não for tratado com inteligência. De acordo com ele, esse é um meio perigoso para o jornalista e com muitos conflitos, “pois você desmascara (sic) muita coisa e mostra o que muitas pessoas não conhecem”.
Já para Leão Serva, o jornalista deve trazer o debate ambiental para o público: “os meios de comunicação são a nossa forma de realidade, são eles os responsáveis por nos informar sobre, por exemplo, o aquecimento global”, ressalta.
“Aquecimento global não é crença, é ciência”, segundo Daniela Chiaretti. A repórter também apresentou um dado afirmando que Acre e Roraima são os estados mais afetados pela questão do desmatamento.
Ao longo do bate-papo, notou-se uma postura consensual em relação ao fato de o Brasil estar longe do ideal na questão ambiental, e que tal realidade precisa ser transformada o quanto antes, mas, para isso, é preciso que haja também ajuda da população e do governo, e não apenas da mídia.