Memórias do Fotojornalismo – Mathew Brady
Alice Labate – (1º semestre)
Malu Ogata – (4º semestre)
Mathew Brady, considerado o pai do fotojornalismo, foi um importante fotógrafo americano do século XIX.
Mathew nasceu em 18 de maio de 1822 no Condado de Warren. E aos 16 anos mudou
para o estado de Nova Iorque.
Em 1841, com 19 anos, Brady já mostrava seu talento para fotografia, e foi orientado por Samuel Morse, um inventor, físico, pintor de cenas históricas estadunidenses e pai da invenção do Código Morse e do telégrafo com fios.
Em 1844, Mathew realizou uma grande conquista em sua carreira, adquirindo seu próprio estúdio em Nova Iorque, e no ano seguinte já havia fotografado e exposto várias fotos de figuras famosas da época.
Em 1849, o fotógrafo se mudou para Washington, onde abriu seu novo estúdio, e conheceu sua esposa Julieta Handy.
Na década de 50, Brady ganhou vários prêmios com suas fotografias, que na época eram daguerreótipos, que consiste em pegar uma imagem obtida na câmera escura e fixar em uma folha de prata sobre uma placa de cobre. Portanto tais retratos poderiam facilmente sofrer oxidação e serem perdidos.
Em 1850, com a nova técnica de impressão fotográfica sobre albúmen, que permitiu a impressão fotográfica em uma base de papel a partir do negativo, Brady deu origem a uma coleção de retratos contemporâneos: The Gallery of Illustrious – A Galeria de ilustres americanos.
A coleção contava com imagens de figuras notáveis, como Andrew Jackson.
Com a popularização e o desejo dos americanos de ter seus retratos impressos em papel, em 1856 Brady anunciou no jornal New York Herald, que estava produzindo retratos daguerreótipos e fotografias impressas em papel.
Com o início da Guerra Civil, os retratos de Brady ganharam um aumento nas vendas.
Os familiares queriam um retrato dos jovens soldados antes de irem para guerra. Uma
forma de eternizar a sua imagem.
Com o tempo, os retratos dos jovens soldados despertaram um desejo em Brady de
fotografar a própria Guerra.
Em 1860, a pedido dos republicanos, Mathew produziu uma foto do então candidato
à presidência, Abraham Lincoln. Naquela época, os americanos não tinham uma imagem de Lincoln e os outros concorrentes o descreviam como sendo um homem
selvagem. Após Brady ter usado várias técnicas e produzido a foto, está fora usada por várias revistas famosas e até em broches de campanha por ter retratado o candidato como sendo um homem respeitável, contrariando seus adversários.
Com ajuda de seu amigo General Winfield Scott, Brady conseguiu permissão para viajar
aos locais de batalha, e em 1861, ganhou permissão do presidente Lincoln para fotografar as batalhas, desde que ele financiasse seu próprio projeto.
Brady iniciou a nova fase de sua carreira fotografando a Primeira Batalha de Bull Run, e em uma entrevista afirmou: “Eu tinha que ir. Um espírito em meus pés disse ‘Vá’, e eu fui.”.
Para retratar cenas da Guerra Civil com uma câmara escura, Brady recrutou Alexander
Gardner , James Gardner, Timothy H. O’Sullivan , William Pywell , George N. Barnard ,
Thomas C. Roche , e dezessete outros homens.
Em 1862, o fotógrafo criou uma exposição em seu estúdio em Nova Iorque para exibir as fotografias da Batalha de Antietam registradas por seus colegas James Gibson e Alexander Gardner; as imagens impressionaram os espectadores por se tratar de cadáveres e de outros elementos chocantes, o que incentivou o movimento contra o conflito.
Após o término da guerra, o trabalho de Mathew reduziu por conta da baixa demanda.
Isso porque a fotografia estava mudando depressa, novas tecnologias estavam surgindo e o público não tinha mais interesse em fotos da Guerra Civil, que obtiveram maior destaque em sua carreira. Além disso, Brady havia investido grande parte de seu capital na cobertura da batalha; junta-se isso com a redução de seu trabalho, o fotógrafo se viu falido.
No final de 1864, ele começou a vender seus ativos e até mesmo sua participação na
galeria em Washington.
19 Em 1868, processou seu sócio depois que este pediu falência. Mathew a adquiriu de
novo, um tempo depois, em um leilão, porém seus negócios continuaram em queda.
Em 1873 e em 1875, os tribunais americanos declararam Brady falido, o que levou o fechamento de seus estúdios em Nova Iorque. Já desesperado, o fotógrafo enviou uma petição ao Congresso pedindo que a Casa comprasse sua coleção, o que foi feito, ainda em 1875, pelo valor de US$ 25 mil.
Mesmo tendo contato com vários políticos, Brady não conseguiu concluir a galeria
dos grandes americanos, que havia iniciado.
Infelizmente, Mathew morreu como indigente em Nova Iorque no dia 15 de janeiro de 1896 e seu funeral foi pago por amigos e colegas de uma associação de veteranos da guerra.