Janette Beckman nasceu em 1959 na Irlanda do Norte, na época em que as Irlandas estavam em guerra. Quando criança estudou na King Alfred School, uma escola considerada rígida por seus ensinamentos seculares. Depois, quando mais velha, decidiu que queria ser artista. Saiu de casa e alugou um andar por cinco libras em uma semi-ocupação cheia de estudantes de artes. O lugar era chefiado por um excêntrico professor da Universidade de Londres, Janette conta que ele era espírita e mantinha contato direto com a falecida esposa e que no verão iam todos ao acampamento nudista do professor, onde plantavam maconha no quintal.
Beckman frequentou um ano na faculdade Saint Martins School of Art, e posteriormente estudou fotografia por três anos na London College of Communication. No início de sua carreira, nos anos 70, documentou a emergente cena punk britânica para revistas como “Sounds”, “The Face” e “Melody Maker”, chegando a fotografar nomes como: Sex Pistols, The Clash, Debbie Harry e Dee Dee Ramone. O talento da garota somado ao fato de estar no lugar certo, e na hora certa, fez de Janette uma poção para o sucesso enquanto fotografava a febre inglesa da época. “Eu não era punk. Eu era uma rebelde da escola de artes documentando a cena”, chegou a afirmar.
Em 1982, Beckman se mudou para Nova York. Imersa em uma realidade totalmente diferente mas com vícios profissionais conquistados a tempos, começou então a fotografar a cena musical em ascensão na sua nova morada, o hip-hop. Em Nova York, Beckman fotografou astros como Big Daddy Kane, Slick Rick e as bandas Run-DMC, Salt-N-Pepa e Beastie Boys.
Atualmente, no auge de seus 61 anos, Janette Beckman segue fotografando. Agora, abandonando um pouco a música, tem reportado as manifestações americanas contra Donald Trump. Além disso, também é autora de belíssimas imagens feitas do movimento Black Lives Matter.