Máquinas podem se assemelhar ao raciocínio humano, diz especialista
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Guilherme Zaguini (2º semestre)
Na era digital, muitos algoritmos vêm sendo desenvolvidos de forma desenfreada em diversas áreas, desde pequenos comércios até grandes empresas, ambos com um interesse em comum, eficiência, organização, inteligência e funcionalidade. Essa massividade de investimentos das grandes marcas se dá por conta dos expressivos resultados em produtividade e por apontar à uma revolução da relação não só entre o ser humano e o trabalho, mas principalmente a relação consumidor e empresa.
Nesses algoritmos, há a presença da Inteligência Artificial, que, para Julio Zaguini, CEO da empresa BotMaker, é uma combinação de tecnologias que simulam a capacidade humana de pensar e tomar decisões: “uma máquina recebe uma informação, faz o processamento dela, que pode ser assemelhado com o raciocínio humano e a partir desse processamento, ela executa tarefas”, diz.
A aplicação dessa experiência pode ser feita de inúmeras maneiras, que depende propriamente da marca. No mundo dos negócios, não é diferente: “Na internet, as empresas podem deixar à disposição robôs conversacionais para vender produtos, atender consumidores, publicar anúncios via marketing conversacional e muitas outras funções, e o importante é que a cada dia mais essas funcionalidades se tornam mais complexas”, explica Julio.
A modernização dos algoritmos é algo que readapta os costumes, práticas cotidianas e formas de solucionar problemas. O ato de se fazer compras de supermercado, por exemplo, já foi adaptado para que o ser humano não precise sair de casa e muito menos carregar peso. O supermercado está na palma da mão, via computador ou celular, para que as pessoas possam realizar suas compras. Mas esse é um algoritmo comum e que não demanda da inteligência artificial. Porém, com a inteligência artificial atuando nesse algoritmo, ela poderia traçar padrões de consumo das pessoas, de acordo com a frequência das compras, escolha de produtos, e muito mais, criando uma experiência individual e eficiente com cada consumidor.
O líder de desenvolvimento da IBM na América Latina, Sério Gama, durante evento comemorativo de 70 anos da ESPM, conta que empresas como Google, Amazon, Apple e Microsoft possuem dados de milhões de pessoas ao redor do mundo, e que essas informações são lidas e organizadas para que padrões individuais sejam gerados. “Existem três tipos de dados basicamente no mundo, o dado estruturado, que pode ser basicamente uma planilha de excel; o dado semiestruturado, que pode ser um código de programação; e o não estruturado, que são vídeos, áudios, texto, ou seja, não está tabulado. E esse é o problema que a I.A. resolve absorvendo informações que estejam nesses formatos e transcrevendo dados. Numa imagem, por exemplo, o algoritmo pode ser treinado a identificar se há pessoas presentes ou se há texto presente, por exemplo”, declara o especialista.
Muito se questiona sobre formas de visualizar essas tecnologias, e, na maioria das vezes, elas estão à frente das pessoas, no próprio mensageiro de algum restaurante, que na realidade pode não ser um humano respondendo, mas uma máquina.