Depoimento: Ser um “gringo” na ESPM-SP
Leo Robelin e Luigi Tadini participam da oficina Portal de Jornalismo da ESPM-SP. Foto: Marina Cavalcanti
Depoimento de Leo Robelin e Luigi Tadini (intercâmbio – Administração)
“Ser um ‘gringo’ no Brasil é uma experiência fascinante, principalmente quando se estuda na ESPM-SP. Esta universidade gentilmente abriu as portas para nós, permitindo-nos completar o nosso programa de intercâmbio nesta prestigiada instituição sul-americana. As nossas diferenças culturais em relação à cultura brasileira tornaram o processo de adaptação particularmente interessante.
Estamos acostumados com a nossa universidade de origem, a Universidade de IE, que está localizada em Madrid, na Espanha, e é significativamente diferente do campus da ESPM. Aqui a disposição é mais parecida com a de uma escola secundária do que com a de uma universidade europeia. O campus da ESPM-SP é composto por vários edifícios menores e interligados, com um pequeno espaço exterior. As salas de aula também são relativamente pequenas, com cerca de 15 a 30 alunos, assim como um colégio europeu. Em contrapartida, a maioria das universidades europeias têm grandes espaços verdes entre os edifícios e salas de aula muito maiores, com capacidade entre 50 a 100 alunos. Além disso, normalmente têm um grande campus que serve todos os alunos, enquanto a ESPM tem três campi menores espalhados pelo Brasil.
Sendo de Londres na Inglaterra e Milão na Itália, descobrimos que a forma como os alunos e professores brasileiros tratam os estrangeiros é bastante diferente daquela a que estamos habituados nos nossos países. As pessoas aqui têm sido excepcionalmente amigáveis, acolhedoras e prestativas. Na Europa, nem sempre é comum sair da sua zona de conforto para ajudar alguém só porque ele é de outro país. A ESPM-SP criou um clube internacional, o International Club, que inclui tanto estudantes brasileiros como estudantes internacionais, com o intuito de ajudar os forasteiros a conhecer o campus e aproveitar o nosso tempo em São Paulo. Esta é uma iniciativa maravilhosa que não vemos com frequência na Europa, mas a qual seria muito benéfica. Os estudantes brasileiros também estão dispostos a falar e assistir às aulas em inglês para auxiliar os poucos estudantes internacionais presentes, mesmo que isso possa ser um desafio para eles. São respeitosos e falam frequentemente em inglês uns com os outros, em vez de português, só para se garantir que estamos entendendo, mesmo que não estejamos diretamente envolvidos na conversa. Parece que apreciam a oportunidade de praticar o seu inglês.
Para além de serem prestativos, os estudantes são incrivelmente simpáticos. Após apenas algumas semanas, nos tornamos próximos de muitos estudantes brasileiros que nos convidaram para todo o tipo de atividades, como festas, churrascos, passeios, restaurantes e muito mais. Eles parecem gostar genuinamente da nossa companhia e muitas vezes nos apresentam aos seus amigos e familiares. Os brasileiros são extremamente acolhedores e anseiam por compartilhar a sua cultura, da qual se orgulham muito.”
English Version: “Being a “gringo” at ESPM
“Being a ‘gringo’ in Brazil has been a fascinating experience, especially when studying at ESPM-SP. The unity in São Paulo kindly opened its doors to us, allowing us to complete our exchange program at this prestigious South American institution. Our cultural differences from Brazilian culture made the adaptation process particularly interesting.
Madrid is where our home college, IE University, is located in Madrid. We are therefore accustomed to its campus, which differs significantly from ESPM’s. The layout here is more similar to that of a high school than a European university. ESPM’s campus consists of several smaller, interconnected buildings with minimal outdoor space. The classrooms are also relatively small, holding around 15-30 students, similar to a European high school. In contrast, most European universities have large green spaces between buildings and much larger classrooms that accommodate 50-100 students. Additionally, they typically have one large campus that serves all students, whereas ESPM has multiple smaller campuses across Brazil.
Being from London, England, and Milan, Italy, we found that the way Brazilian students and teachers treat foreigners is quite different from what we are used to in our own countries. People here have been unusually friendly, accommodating, and helpful. In Europe, it is not always common to go out of your way to help someone just because they are from another country. ESPM-SP has set up an international club, which includes both local Brazilian students and international students, to help us navigate the campus and our time in São Paulo. This is a wonderful initiative that we don’t see often in Europe but would greatly benefit from. Brazilian students are also willing to speak and attend classes in English for the benefit of the few international students present, even though it may be challenging for them. They are respectful and often speak English with each other, instead of Portuguese, just to make sure we understand, even if we’re not directly involved in the conversation. It seems they appreciate the opportunity to practice their English.
Beyond being helpful, the students are incredibly friendly. After just a few weeks, we’ve become close with many Brazilian students who have invited us to all sorts of activities: parties, barbecues, outings, restaurants, and more. They seem to genuinely enjoy our company and often introduce us to their friends and families. Brazilians are extremely welcoming and eager to share their culture, which they take great pride in.”