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Cidadão de Papel é tema de peça no Teatro João Caetano

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O ator Danilo Bethon, que interpreta Mano na montagem. Foto: Mariana Miranda

 

A peça Cidadão de Papel está em cartaz no Teatro João Caetano às sextas e sábados às 20 horas, e aos domingos, às 19 horas. Em cartaz até o dia 20 de outubro, a entrada é franca. Dirigida por Régis Santos e encenada pela Cia. Usina Paulistana de Artes, a montagem traz no elenco Danilo Bethon, Aidê do Amaral, Clau Cicotosti, Cleiton Bars, Marilia Adamy, Neusa Maria, Raphael Bueno e Walmir Santana.

A peça, escrita por Celso Cruz, foi baseada no livro homônimo do jornalista Gilberto Dimenstein. A montagem conta a história de Hermano, Mano, um garoto de 17 anos, de classe média, que vai procurar emprego no centro da cidade de São Paulo. No lugar ele encontra Pedra, um adolescente da mesma idade, mas abandonado nas ruas e viciado em crack. A nova amizade transforma a vida do rapaz.

Com a mesma proposta educativa do livro, a peça utiliza o rap e o pop para marcar a trilha sonora, pegando um pouco da linguagem dos quadrinhos e do grafite, gerando identificação com o público adolescente. Segundo o ator Danilo Bethon, um dos protagonistas da peça, a produção tem um tema bem atual. Mesmo o livro tendo sido escrito há mais de 20 anos, o conteúdo está sempre se atualizando porque fala sobre cidadania, direitos humanos e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.

“São personagens que estão presentes no nosso dia a dia. Sempre tem o Mano, que é o meu personagem, um garoto de 17 anos que está procurando seu primeiro emprego, prestando vestibular, procurando o que fazer e cheio de dúvidas. Há também o Pedra, um personagem que foi abandonado na rua, o que é muito comum hoje em dia”, diz Bethon.

O livro

A proposta da peça e do livro é discutir a condição de cidadão no País, principalmente com os jovens. “Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido”, afirma, no livro, o jornalista Diemenstein.

A obra aborda a distância entre as pessoas e a democracia de verdade. Para o autor, a democracia serve para trabalhar os direitos humanos, o respeito ao cumprimento da Constituição Federal mostrando que todos são iguais e que tem direitos a serem cumpridos.

 

SERVIÇO
Cidadão de Papel
Teatro João Caetano
Endereço: Rua Borges Lagoa, 650. Vila Clementino.
Horários: Sexta e sábado às 20 horas. Domingo às 19 horas.
Telefone: (11) 5573-3774/ (11) 5549-1744
Site: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/dec/teatros/joao_caetano/

Mariana Miranda (1° semestre)