O Brasil tem vivenciado aumento no número de leitores, o que reflete diretamente no crescimento das vendas de livros em todo o país.
De acordo com o 2º Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela Nielsen Book e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), entre os dias 27 de janeiro e 23 de fevereiro de 2025, houve um crescimento de 2,56% no volume de livros vendidos e de 5,77% no faturamento, em comparação com o mesmo período de 2024.
Em números absolutos, foram vendidos 4,24 milhões de exemplares, gerando um faturamento de R\$ 240,84 milhões, contra 4,13 milhões de livros e R\$ 227,70 milhões no mesmo período do ano anterior.
Esse crescimento revela uma transformação cultural impulsionada por diversos fatores: a popularização dos e-books, o fortalecimento de clubes de leitura, a realização de eventos literários de grande porte — como a Bienal do Livro e a Feira do Livro de São Paulo — e, principalmente, a influência das redes sociais literárias, como os perfis de bookstagram e booktok.
Uma livreira da Livraria da Travessa destaca: “Na última década, houve um aumento significativo na procura por livros, especialmente aqueles divulgados por influenciadores nas redes sociais, como ocorreu com a série de colorir Bobbie Goodies. Os eventos literários também impulsionam a busca por livros físicos, graças às indicações de autores nacionais e internacionais que participam dessas feiras.”
A influenciadora literária Maria Eduarda Spier, do perfil @entremundoepaginas, reforça o papel das redes sociais nesse movimento: “As redes sociais são formas muito acessíveis de consumir e produzir conteúdo. Um único vídeo pode alcançar milhares de pessoas e incentivá-las à leitura. As plataformas também ajudam a descobrir novos gêneros, autores e histórias que talvez nunca tivessem chegado ao leitor de outra forma”, afirma.
O aumento nas vendas e no interesse por livros revela uma mudança no comportamento do brasileiro, que tem redescoberto o prazer da leitura. Esse movimento não apenas fortalece o mercado editorial, mas também contribui para a formação crítica e cultural da sociedade.
