Ziraldo bate papo com público infantil em evento promovido pela Folha

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Ziraldo no encontro da Folhinha

A Folha de S. Paulo promoveu a Roda da Folhinha, com o escritor e cartunista Ziraldo. O encontro ocorreu no auditório do Museu de Arte Moderna, em São Paulo no sábado (19/5).

O criador do personagem Menino Maluquinho, que completará 80 anos em outubro deste ano, respondeu às perguntas dos jornalistas Laura Mattos, editora da “Folhinha”, Morris Kachani, repórter especial da Folha de S. Paulo, Mônica Rodrigues da Costa, jornalista especializada em literatura infantil, e Diego Assis, editor do UOL Entretenimento.

O evento foi aberto ao público, e grande parte do debate foi destinado às perguntas das crianças que estavam na plateia. Durante o bate-papo, os principais livros infantis do autor foram sorteados. Beatriz Taralli, 7 anos, disse que o seu personagem preferido é a Professora Maluquinha, pois também quer ser professora quando crescer.

Ao longo do evento, o escritor declarou que gosta igualmente de todos os seus livros; porém, disse ter sido o “Menino Maluquinho” o que mais lhe deu alegrias. Com quase 60 anos de carreira, Ziraldo já publicou 150 livros. Seu primeiro trabalho, “Flicts”, foi escrito em um final de semana e o cartunista diz ter adorado o resultado. Na época da ditadura, Ziraldo escrevia em pasquins e  jornais clandestinos. Foi com o fim da ditadura militar que começou a escrever a sua mais famosa obra, o livro “O Menino Maluquinho”.

Crianças na plateia do encontro com Ziraldo no Museu de Arte Moderna

 

Ao ser questionado por uma das crianças se pretende escrever uma nova história do famoso personagem, agora com ele já adulto, Ziraldo disse que tipos como o Menino Maluquinho não envelhecem – serão sempre os mesmos. Os fãs do personagem infantil também perguntaram sobre mais um filme sobre suas histórias; Ziraldo não os decepcionou, dizendo que, em breve, o público poderá conhecer o filme “Menino Maluquinho 3”. Instigado pela curiosidade, um menino perguntou por que o Menino Maluquinho sempre aparece com uma panela na cabeça. Ziraldo explicou que a ideia surgiu por causa da sua infância. Quando criança brincava de “soldadinho” com os amigos, eles faziam chapéus de jornal, mas, como Ziraldo era o “general” do grupo pegava uma panela de sua mãe e colocava na cabeça.

No bate-papo, Ziraldo fez questão de ressaltar a importância da leitura desde a infância. “Só a palavra escrita faz o mundo avançar”, afirmou.

Giovanna Mazzeo (1º semestre)