Trabalhos voluntários ganham força durante a Pandemia

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Sophia Olegário (3º semestre)

Foto: Andrea Adas

Trabalho voluntário é doar tempo e esforço para pessoas que precisam, sem esperar nada em troca. Em tempos tão sombrios como o que o mundo está passando, com a pandemia do coronavírus, os voluntários têm feito uma grande diferença na vida de pessoas que precisam de ajuda, por meios de atividades de todos os tipos, desde trabalhos produzidos em casa até mesmo aqueles na rua, ajudando os desabrigados e distribuindo comida.

A pscicóloga Andrea Adas usou pedaços de tecidos que tinham sobrado em sua casa, da época em que trabalhava com lembranças de casamento, e fez algumas máscaras para ajudar uma amiga e seus colegas que trabalham em um hospital com falta de material. Ela contou também que, assim que o Ministério da Saúde anunciou o uso de máscaras para sair às ruas, não hesitou em começar a produzir algumas unidades e doar a quem precisasse ou fizesse um pedido pelas redes sociais. “Se mais pessoas ajudassem com o que podem, teríamos um convívio muito melhor, a cooperação estaria presente, com maior compaixão e amor ao próximo. Com certeza a violência diminuiria e, quem sabe, acabassem com a vulnerabilidade e miséria de muitos… Às vezes nos perdemos ao pensar na ajuda macro e acabamos não fazendo nada. Se focarmos no micro, nas pessoas ao nosso redor, conhecidos de conhecidos e usássemos os recursos que já temos, financeiro ou cognitivos, podemos muito mais”, diz.

Foto: Andrea Adas

Para a estudante goiana, Isadora, qualquer forma de doação é válida nessa época. Ela, juntamente com as pessoas do seu centro espírita, está distribuindo marmitas para quem está em situação de rua. “Não acredito que só doação de dinheiro ou alimentos sejam necessários para quem está na rua, até porque a maioria ali precisa de afeto e atenção pra se sentirem incluídos na nossa sociedade. Mas, como essa doença não nos deixa ter contato diretamente com eles, acho que a doação de alimentos é o mínimo que podemos fazer, é como se fosse um acalento que mostra que a gente continua se importando com eles”, conta Isadora.

Sem data definida para a volta à rotina, muitas pessoas mantém-se em isolamento, com dificuldade para manter o equilíbrio, saúde mental e otimismo. Ao mesmo tempo, também há muitas pessoas passando por dificuldades, principalmente as financeiras e as relacionadas à saúde. Dessa forma, ajudar ao próximo se torna muito benéfico para ambos os lados, para quem doa e quem recebe.