“Eu treino de segunda a sábado em dois períodos: pelas manhãs durante as tardes. São cerca de seis horas por dia”. Essa é a rotina que Tammy Takagi tem para se preparar para as Olimpíadas que acontecerão no Rio de Janeiro, em menos de três meses. A atleta competirá na modalidade Saltos Ornamentais ao lado de outros sete brasileiros.
Os saltos estrearam nos Jogos Olímpicos em 1904, em Saint Louis (EUA), com provas exclusivamente masculinas. As mulheres também começaram a competir pela modalidade a partir de 1912, em Estocolmo (Suécia). A trajetória olímpica do Brasil, no esporte, começou logo em sua primeira participação nos Jogos, no ano de 1920, em Antuérpia, na Bélgica. Os saltos ornamentais estavam entre as cinco modalidades e o Brasil se destacou naquela estreia.
Com ouro em trampolim de 3 metros sincronizado nos Jogos Sul-americanos de Medellín, em 2010, Tammy, agora, é uma grande aposta para subir ao pódio. A atleta conta como lida com a pressão de participar das Olimpíadas: “Tenho que pensar que é um campeonato onde vão estar os melhores do mundo e que eu já competi contra a maioria deles. Tento relaxar, pensar que eu estou em casa e que a torcida vai estar a nosso favor. É importante competir e se apresentar bem para o nosso país”.
A atleta começou no esporte quando ainda era criança. Tammy conta que já havia feito natação e ginástica olímpica e que os saltos foram a combinação perfeita dessas duas modalidades. “Quando eu comecei, logo adorei porque juntava justamente a ginástica que eu amava com água que sempre foi minha paixão desde pequena”.
“Eu gosto de fazer coisas bem tranquilas como ir ao cinema, ler um livro e ficar em casa”, diz Tammy, que aproveita seu tempo livre para descansar e sair com os amigos, tendo em vista a rotina agitada de treinos.
Sobre a cobertura da grande mídia a respeito dos saltos ornamentais, a atleta tem uma visão positiva: “A cobertura está maior em relação às outras competições e aos outros anos”. Complementa dizendo que a visibilidade tende a aumentar conforme o evento se aproxima e que acredita na importância dessa visibilidade para o crescimento do esporte.
Por fim, aos 25 anos, Tammy diz que aprendeu a relaxar e ser positiva diante do desafio que é participar dos Jogos Olímpicos. “O principal aprendizado é justamente tentar sempre se controlar, concentrar-se ao máximo e aproveitar o momento. Se divertir, que é o principal do esporte, fazendo o que a gente mais gosta e esperar resultados”.