Na última quinta-feira (30), o auditório Castelo Branco da ESPM-SP foi palco para mais um diálogo promovido pelo CEDS (Centro de Desenvolvimento Socioambiental) que contou com a presença do padre Paolo Parise, dos professores Leonardo Carvalho, Arturo Hartman e Fausto Godoy e os refugiados Maher Taher e Claudine Shindany (jornalista).
O evento teve como principal objetivo discutir, refletir e agregar conhecimentos sobre a vida dos refugiados.
O iraquiano Maher Taher de 31 anos, foi forçado a deixar seu país por motivos de guerra. Morou na Síria, Tailândia, Turquia e atualmente está no Brasil. Chegou em 2016, na época das olimpíadas, e conta que uma das suas maiores dificuldades foi se relacionar com as pessoas por conta do rumor de um possível ataque terrorista e, com a sua aparência árabe, as pessoas desconfiavam da sua índole.
Claudine Shindany é natural da República democrática do Congo, e deixou seu país por conta da perseguição política por seu trabalho. Está no Brasil há 3 anos e o escolheu porque “é um país que respeita as resoluções da ONU”, além de ter amigos aqui. O que ela mais espera do brasileiro e do Brasil é uma integração total, ajuda para recuperar o equilíbrio moral e construir uma nova vida.
Dentre os demais palestrantes, padre Paolo Parise apresentou a instituição em que faz parte, a Missão Paz, que ajuda, justamente, refugiados. O objetivo é abrigar o máximo de pessoas possíveis, oferecendo moradia com aula de português, brinquedoteca para crianças, e serviços como atendimento psicológico, médico, etc. Até o momento são mais de 17 nacionalidades diferentes atendidas pela instituição.