Pelo Mundo ESPM – Sustentabilidade – Sebastião Salgado

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Arthur Flavio – 2º semestre

Louis-Marie Great – Intercambista

Marcelo Junior – 2º semestre

Sebastião Salgado é um fotógrafo brasileiro que se tornou reconhecido internacionalmente por conta de seu trabalho como documentarista e fotógrafo, sobretudo na área ambiental e cultural

Nascido no dia 8 de fevereiro de 1944, Salgado passou boa parte de sua juventude na cidade de Vitória no Espírito Santo, porém nasceu na cidade de Aimorés, em Minas Gerais e atualmente reside em Paris.

Antes de se tornar fotógrafo estudou economia na universidade federal do Espírito Santo (UFES) e fez mestrado pela USP no final dos anos 60, na mesma época em que se casou com Lélia Deluiz Wanick, sua parceira a mais de 50 anos.

No início da década de 70, com o intuito de fazer um doutorado, Salgado se mudou para França e começou a trabalhar para a Organização Internacional do Café (OIC) em Londres. Em uma expedição que realizou para África, que realizou com organização, fez sua primeira sessão de fotos com uma Leica emprestada de sua esposa. Suas fotos se destacaram por relatarem a economia dos lugares com uma precisão digna de relatórios e estudos estatísticos. Essas fotos abriram espaço para sua paixão e em 1973 começou a trabalhar como fotojornalista, voltando para Paris.

Começou sua carreira no mundo foto jornalístico muito bem, passando por diversas agências fotográficas famosas como Sygma, Gamma e Magnum. No final da década de 80, foi o responsável por cobrir os 100 primeiros dias do governo de Ronald Reagan e conseguiu documentar o atentado cometido por John Hickley Jr, que tentou matar o presidente dos Estados Unidos a tiros. Embora tenha sido um evento trágico, rendeu para Salgado sua primeira foto famosa.

Trabalhou para agências por mais de 2 décadas e em 1994, criou sua própria, a “Amazonas Images” onde se dedicou apenas a suas obras e transformou a fotografia em preto e branco em sua marca registrada. Explicando que sem a cor, ele pode focar mais na personalidade das pessoas. Criando uma realidade impactante.

Além da fotografia, uma parte importante da personalidade de Salgado é o ambientalismo. Desde os anos 90, ele e sua esposa, Leila, trabalham na recuperação da Mata Atlântica brasileira. Em 1998, o casal criou o Instituto Terra, uma organização civil sem fins lucrativos voltada para a restauração ambiental e o desenvolvimento rural sustentável do Vale do Rio Doce. Realizaram o primeiro plantio em 99 e tiveram ajuda dos alunos de escolas municipais de Aimorés. Assim, nasceu a proposta da instituição de compartilhar todo o conhecimento adquirido na restauração ambiental com a comunidade do município.

Lutaram por 20 anos e conseguiram trazer de volta a natureza de uma de suas propriedades, que agora é uma reserva natural e abriga uma vasta diversidade de fauna e flora endêmicas da mata atlântica. Além de desenvolver novos projetos como o Olhos d’ Água voltado para a proteção e preservação de recursos hídricos da bacia do Rio Doce.

Hoje o trabalho de Salgado pode ser experienciado no Sesc Pompeia, em São Paulo, com a exposição Amazônia. O fotógrafo trabalhou por 7 anos com 12 comunidades indígenas isoladas e navegou o Rio Amazonas buscando registrar a cultura, fauna e flora da região. A mostra conta com 250 fotografias inéditas curadas por Lélia Wanick e foi originalmente exposta em Paris, chegando no Brasil dia 15 de fevereiro e será finalizada em 31 de julho.

Pour le monde ESPM – Durabilité – Sebastião Salgado

Sebastião Salgado est un photographe brésilien qui a acquis une renommée internationale pour son travail de réalisateur de documentaires et de photographe, notamment dans les domaines de l’environnement et de la culture.

Né le 8 février 1944, Salgado a passé une grande partie de sa jeunesse dans la ville de Vitória, dans l’État d’Espírito Santo, mais il est né à Aimorés, dans le Minas Gerais, et vit actuellement à Paris.

Avant de devenir photographe, il a étudié l’économie à l’Université Fédérale d’Espirito Santo (UFES) et a obtenu une maîtrise à l’USP à la fin des années 1960, au moment même où il épousait Léila Deluiz Wanick, sa compagne depuis plus de 50 ans.

Au début des années 1970, afin de poursuivre un doctorat, Salgado s’installe en France et commence à travailler pour l’Organisation Internationale du Café (OIC) à Londres. Lors d’une expédition organisée en Afrique, il réalise sa première séance photo avec un Leica emprunté à sa femme. Ses photos se distinguaient car elles rendaient compte de l’économie des lieux avec une précision digne de rapports et d’études statistiques. Ces photos ont ouvert un espace pour sa passion et en 1973, il a commencé à travailler comme photojournaliste, en retournant à Paris.

Il a très bien commencé sa carrière dans le monde du photojournalisme, passant par plusieurs agences photo célèbres telles que Sygma, Gamma et Magnum. À la fin des années 80, il est chargé de couvrir les 100 premiers jours du gouvernement de Ronald Reagan et parvient à documenter l’attentat commis par John Hickley Jr, qui a tenté de tirer sur le président des États-Unis. Bien qu’il s’agisse d’un événement tragique, il a permis à Salgado de réaliser sa première photographie célèbre.

Il a travaillé pour des agences pendant plus de deux décennies et, en 1994, il a créé sa propre agence, “Amazonas Images”, où il s’est consacré uniquement à son travail et a fait de la photographie en noir et blanc sa marque de fabrique. Il explique que sans la couleur, il peut se concentrer davantage sur la personnalité des gens. Créer une réalité percutante.

Outre la photographie, une partie importante de la personnalité de Salgado est l’environnementalisme. Depuis les années 1990, lui et sa femme, Leila, travaillent à la restauration de la forêt atlantique brésilienne. En 1998, le couple a créé l’Instituto Terra, une organisation civile à but non lucratif axée sur la restauration de l’environnement et le développement rural durable dans la vallée du Rio Doce. Ils ont planté leurs premiers arbres en 1999, avec l’aide des élèves des écoles municipales d’Aimorés. C’est ainsi qu’est née la proposition de l’institution de partager toutes les connaissances acquises dans la restauration de l’environnement avec la communauté de la municipalité.

Ils se sont battus pendant 20 ans et ont réussi à ramener à la nature l’une de leurs propriétés, qui est désormais une réserve naturelle et abrite une grande diversité de faune et de flore endémiques de la forêt atlantique. Outre le développement de nouveaux projets tels que Olhos d’Água, visant à protéger et à préserver les ressources en eau du bassin du Rio Doce.

Aujourd’hui, l’œuvre de Salgado peut être découverte au Sesc Pompeia de São Paulo avec l’exposition Amazônia. Le photographe a travaillé pendant 7 ans avec 12 communautés indigènes isolées et a remonté le fleuve Amazone en bateau pour capturer la culture, la faune et la flore de la région. L’exposition comprend 250 photographies inédites, organisées par Léila Wanick, et a été présentée à l’origine à Paris, avant d’arriver au Brésil le 15 février et de se terminer le 31 juillet.