Pelo Mundo ESPM – Grigori Rasputin

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Vitor A. Altino – (3º semestre)

Grigori Yefimovich Rasputin nasceu em Pokrovskoie, Sibéria em 22 de janeiro de 1869. Era filho de camponeses e o seu nome de batismo era Grigori Yefimovich Novikn.

Rasputin tornou-se mundialmente reconhecido por ter sido um religioso e místico russo que se aproximou dos Romanovs, a Família Real da Rússia, se tornando consequentemente uma figura politicamente influente no final do período imperial pouco antes de eclodir a Revolução Russa. Desde muito jovem Rasputin já demonstrava forte interesse por religião e misticismo, tendo inclusive quando adolescente feito uma viagem para o mosteiro de Verkhoture, nos Montes Urais para se tornar um monge. Ele não chegou a completar os estudos.

Aos 19 anos se casou e teve sete filhos dos quais somente três sobreviveram. Por sua devoção à religiosidade, ficou conhecido entre os camponeses como o santo homem. Sempre muito otimista, Rasputin se tornou membro da seita dos flagelantes, a qual pregava o pecado como uma forma de arrependimento que suscita como meio da salvação da alma. Ele não concordava com a tradição da igreja ortodoxa russa.

Após mais uma de suas peregrinações, dessa vez, para o Monte Atos, na Grécia, Rasputin voltou a seu país de origem com fama de ter poder milagroso de cura sobre doenças incuráveis. Foi acusado de herege e se tornou andarilho.

A sua aproximação com a família do czar Nicolau II aconteceu pelo fato de a família ter o medo de revelar um segredo guardado a sete chaves na corte. O filho mais novo do czar e da czarina Alexandra, Alexei Nikolaevich, herdeiro do trono, foi diagnosticado com hemofilia, doença hereditária que provoca graves hemorragias em ferimentos internos e externos, podendo sem tratamento, levar a morte mesmo em ferimentos mínimos.

Após sucessivas tentativas de dar ao filho um tratamento adequado, Alexandra conhece Rasputin, em 1905, e ele curiosamente, cura Alexei de mais um sangramento em uma das pernas. Logo após esse e mais dois episódios, todos bem-sucedidos, o czar decide manter Rasputin por perto. Durante os cinco anos seguintes, Rasputin seria o confidente da czarina que acreditava que ele era um enviado de Deus.

Sua presença não agradou sobretudo os nobres que decidiram encontrar meios de eliminá-lo em definitivo. Rasputin em 1914 sofreu uma tentativa de atentado a faca, mas sobreviveu. E em 1916 sob as ordens do nobre Félix Yusupov, Rasputin foi assassinado por outros nobres. Primeiramente com cianeto em sua refeição no porão do Palácio Moika, residência do príncipe Yusupov, sem sucesso e logo em seguida com dois tiros sendo um deles na cabeça. Seu corpo foi encontrado em um lago congelado dentro de um saco em 01 de janeiro de 1917.

Seu corpo foi enterrado próximo ao Palácio Real e houve uma pequena cerimônia que contaram com a presença da família imperial e de parentes próximos de Rasputin. Posteriormente durante a guerra que culminou na revolução, soldados bolcheviques, como uma forma de humilhar o czar que já estava afastado do trono após uma decisiva renúncia, desenterraram Rasputin e mutilaram seu corpo em frente ao Palácio que estava sendo mantida sob vigilância toda a família imperial.

Ainda nos dias de hoje mesmo passados mais de cem anos de história, historiadores debatem muito a respeito sobre as práticas místicas de Grigori Rasputin e sobre como ele as executava para parar o sangramento do menino, uma pergunta até hoje sem resposta. Mas a importância desse homem para o fim do czarismo russo é imensa. Em vida Rasputin dividiu a nação e em morte a destruiu.

Antagonicamente ele gostava de se envolver com muitas mulheres da alta sociedade e adorava exibir em público o seu órgão sexual após excessivas bebedeiras. O que obviamente abalou ainda mais a reputação da família imperial. O monge durante a Primeira Guerra Mundial, com o czar ausente e a czarina no controle de todo o país, foi autorizado por ela a nomear e a demitir ministros, interferindo em assuntos de estado e na igreja.