Pelo Mundo ESPM – Antônio Conselheiro

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Júlia Dal Bello – Karina Lopes – (1º semestre)

Antônio Vicente Mendes Maciel, também conhecido como Antônio Conselheiro foi um importante líder religioso que atuou no Nordeste brasileiro no período da Primeira República brasileira.

Nascido no Ceará em 1830, Conselheiro perdeu sua mãe aos 6 anos de idade. Após perder seu pai, aos 27 anos, ele começou a dar aulas na região para sustentar suas 4 irmãs.

Começou suas peregrinações após ser deixado pela mulher. Conselheiro andava pelo sertão nordestino fazendo pregações e dando conselhos às pessoas, foi assim que nasceu seu apelido.

A cada cidade que passava, Antônio Maciel conquistava várias pessoas que o seguia em suas viagens. Essas pessoas eram fanáticas religiosas e viam naquele homem um profeta enviado por Deus.

Sua influência desagradava muito as autoridades locais. O bispo da região proibiu os fiéis da região de assistir às pregações do Profeta e o presidente da província tentou interná-lo em um hospício.

Depois de muita perseguição, Conselheiro e seus seguidores se instalaram em uma fazenda abandonada no norte da Bahia, que ficou conhecida pelo nome de “Canudos”. A população do local chegou na casa dos milhares de habitantes. As pessoas que lá viviam desenvolveram uma comunidade autossuficiente, com plantações e criações para o consumo dos integrantes da aldeia.

Porém, o Governo da época não estava nada satisfeito com o grupo de Conselheiro. Os habitantes de Canudos eram vistos como uma ameaça à nação, pois defendiam a volta da monarquia e faziam críticas severas à República, já que a fome e coleta de impostos havia piorado a qualidade de vida dos nordestinos.

Por conta disso, Estado, Igreja e Militares se uniram para derrubar o vilarejo, dando início ao que ficou conhecido como “Guerra de Canudos”. Foram diversos ataques à comunidade.

O grande massacre aconteceu na quarta investida contra os fiéis. Foram cerca de 4 mil soldados para derrotar Conselheiro. No dia 5 de outubro de 1897, todas as 5.200 casas do local foram incendiadas pelos oficiais e as vidas, de idosos, crianças e adultos, foram executadas.

Conselheiro foi decapita    do no dia 22 de setembro de 1897 em Canudos, Bahia.