Nova linha metroviária integra centros educacionais

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A linha 6-Laranja vai ligar a Vila Brasilândia, na Zona Norte, a São Joaquim, na Liberdade

 

Em meio aos preparativos para a construção da futura Linha 6-Laranja (Brasilândia-São Joaquim) do metrô de São Paulo, uma audiência pública foi realizada no Instituto de Engenharia, na Vila Mariana (zona sul), no último dia 11 de setembro. Na ocasião, foi apresentado o projeto básico da linha e o modelo da PPP (Parceria Público-Privada) para a construção. A expectativa é de que as obras da nova linha, que terá 13,5 km de extensão, sejam iniciadas no segundo semestre de 2013, com previsão de término para 2019.

Como a concorrência para a execução da obra permite a participação de empresas estrangeiras, nos próximos meses a apresentação do projeto deve ser levada ao âmbito internacional. A última audiência tinha sido realizada em 8 de maio e abordou o impacto ambiental da obra – a etapa é necessária para a obtenção da Licença Ambiental do projeto.

A modelagem da futura linha foi baseada em propostas apresentadas por três empresas interessadas: Odebrecht Transport, Construtora Queiroz Galvão e Consórcio Galvão-Somague Engenharia. O traçado abrange o trecho de Vila Brasilândia a São Joaquim e prevê 15 estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba-Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Santa Marina, Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes, PUC-Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu, Higienópolis-Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O investimento está estimado em R$ 8 bilhões.

A operação comercial entre a Vila Brasilândia e São Joaquim contará com uma frota de 29 trens. A linha 6-Laranja será integrada às linhas 7-Rubi e 8-Diamante da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na estação Água Branca, à Linha 4-Amarela, na estação Higienópolis-Mackenzie, e à Linha 1-Azul do Metrô, na estação São Joaquim. Estima-se que 640 mil passageiros circularão por dia no ramal, que atenderá bairros como Brasilândia, Freguesia do Ó, Pompeia, Perdizes, Sumaré, Bela Vista e Liberdade. Diversos centros educacionais, como Unip (Universidade Paulista), PUC (Pontifícia Universidade Católica), Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), Mackenzie e FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas), serão beneficiados com estações nos seus arredores.

Para Alexandre Carvalho, diretor do sindicato dos metroviários, uma das maiores dificuldades para a implantação da Linha 6 é a falta de recursos. “Há mais de 10 linhas de metrô já projetadas para todas as regiões de São Paulo, que não são concretizadas porque o governo não libera recursos”, explica. Entretanto, conforme Carvalho, a população está otimista em relação à linha.

Alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie têm boas expectativas em relação ao projeto. Gabriel Cinato, do curso de Publicidade e Propaganda, afirma que a Linha 6 facilitaria seu trajeto até a faculdade, economizando seu tempo. “Hoje demoro aproximadamente 40 minutos para sair da Praça da Árvore [zona sul] e chegar ao Mackenzie. Saio de casa às sete da manhã para entrar às oito.” Cinato pega o metrô na Linha 1-Azul, muda para a Linha 2-Verde na estação Ana Rosa e desce na Consolação, onde pega o ônibus. A Linha 6 poderia facilitar seu caminho por ter ligação direta com a Linha 1-Azul.

Caetano Luisi, do mesmo curso, descreve seu percurso até o Mackenzie como “cansativo demais”. “Pego o Terminal Vila Prudente, vou até a Consolação, e, para não gastar mais com o ônibus, pego a Linha Amarela até a estação República”, explica. Segundo ele, a nova linha ajudaria a simplificar o percurso.

Além da questão da economia de tempo, a melhoria no trânsito e a redução da emissão de poluentes, do consumo de combustível, do número de acidentes e do custo de manutenção e operação das vias também foram apontadas como consequências positivas da implantação da linha 6-Laranja.

Laís Cebollini Guidi (2º semestre)

1 Comment

Renato Bonfim 27 de setembro de 2012 - 21:43

É uma pena que os projetos do metrô demorem tanto pra ser concretizados. Para mim, é a melhor forma de transporte. Às vezes prefiro fazer o trajeto por meio de metrô, deixando o carro de lado.

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