Mulheres falam sobre sucesso profissional em debate na ESPM

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Neste dia 12 de março, em um prolongamento comemorativo sobre o Dia Internacional da Mulher, o auditório Victor Civita, na ESPM-SP, foi palco de um debate intitulado Trajetória de Mulheres de Sucesso. O bate papo centrou-se em seis convidadas da área coorporativa e empreendedorismo, com a mediação da jornalista Heidy Vargas. A conversa foi descontraída e informal, e questões sobre o cotidiano feminino foram levantadas e discutidas.

No início da palestra, as convidadas foram instruídas a mostrar um objeto que representasse significativamente sua trajetória. Para a maioria, era evidente o valor da família e sua importância no auxilio e motivação profissional, refletindo visivelmente no sucesso de suas carreiras. O equilíbrio entre o trabalho e a família foi descrito como fundamental, o verdadeiro alicerce da carreira de uma mulher. Como Liana Rangel, empreendedora convidada constatou, ‘ninguém faz nada na vida sozinho, principalmente nós, mulheres’.

Foi discutida também a verdadeira razão para o empreendedorismo feminino, evidenciando o despreparo no universo empresarial. Para Andreia Salgueiro,, a mulher é empurrada para o empreendedorismo pelo hostilidade do ambiente de trabalho em relação às necessidades da mulher (filhos, família, gravidez), e principalmente, pela ausência de uma mudança nos valores relacionados ao equilíbrio de gêneros. Na concepção de Andreia, é necessária uma relação ‘bilíngue’ para auxiliar ambos os gêneros, e assim alcançar a tão almejada igualdade em âmbito empresarial. Mas, infelizmente, isto é ainda sinônimo de modernidade no mundo corporativo.

A conversa acompanhada por um auditório lotado foi concluída com a sugestão da quebra do paradigma de que para ter uma carreira de sucesso é necessário sacrificar a vida pessoal. Para todas as convidadas, o mundo corporativo precisa enxergar que o que a mulher almeja é flexibilidade, não trabalhar menos. A mulher deseja não ter que abrir mão da própria feminilidade para ser respeitada em âmbito profissional, desistir do sonho de construir uma família por medo de ser despedida. Ter uma carreira de sucesso, e ao mesmo tempo, permitir-se também ser da profissão mulher: filha, mãe, esposa, e o principal, bem sucedida.

Beatriz Medaglini (1o. semestre)