Movimentos Artísticos – Peter Paul Rubens

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Gabriela Schiavo – (2º semestre)

Consagrado como um dos maiores representantes da arte Barroca na Europa do século XVII, Peter Paul Rubens foi um importante pintor flamengo que viveu entre 1577 e 1640.

Nascido em Siegen na Alemanha, se mudou aos 10 anos de idade com sua família para Antuérpia na Bélgica após o falecimento de seu pai, onde iria iniciar sua vida na arte. Peter dedicava todo o seu tempo às aulas de pintura que recebia do paisagista Tobias Verhaeght e em  1591 iniciou seus estudos de pintura no ateliê de Adam von Noort, para anos mais tarde, em 1594, continuar seus estudos com o mestre Otto van Veen, até 1598, quando recebeu o título de mestre na Corporação dos Pintores de Antuérpia.

A passagem que impulsionou a carreira de Paul para outro patamar, foi sua ida a Itália em 1600, quando é contratado por Vincenzo Gonzaga, Duque de Mântua, como pintor da corte. Neste período tem a oportunidade de viajar para Florença e Roma, onde estuda a técnica usada por Michelangelo no Juízo Final na Capela Sistina e por Rafael. Já em Veneza, se familiariza com a obra de Ticiano, Veronese, Tintoretto e seu contemporâneo Caravaggio.

Em 1603 recebeu sua primeira sua primeira missão diplomática e foi mandado para Madrid para tratar de negócios políticos com o rei Filipe III e seu ministro o Duque de Lerma, do qual faria o Retrato Equestre do Duque de Lerma. De volta à Itália, Rubens recebeu diversas encomendas. Pintou o tríptico – “A Santíssima Trindade” (1604), Transfiguração de Cristo (1605) e o “Batismo de Cristo” (1605), oferecido pelo Duque de Mântua à Igreja dos Jesuítas.

Em 1608, com a morte de sua mãe, Peter Paul Rubens volta para a Antuérpia, e logo em 1609 pinta A Anunciação. Nesse mesmo ano, é nomeado pintor da corte dos arquiduques da Áustria, da casa de Habsburgo e também se casa com Isabel Brandt, para quem pinta o Autorretrato com Isabel Brandt.

Entre 1622 e 1625, Rubens esteve em Paris, a convite de Maria de Medicis, quando executou a série de 22 telas monumentais “Vida de Maria de Medicis” para o Palácio de Luxemburgo, mais tarde transferidas para o Museu do Louvre.

Em 1630, após a morte de sua primeira esposa, casa-se com Hélène Fourment, jovem de 16 anos que lhe daria vários filhos e seria seu modelo predileto. As composições mitológicas e galantes dessa época são as que mais definem seu estilo pela riqueza cromática e a diluição das linhas: Entre essas obras destacam-se O Jardim do AmorAs Três GraçasNinfas e Sátiros e numerosos retratos de sua mulher.

Em 1640, pinta seu último Autorretrato, e já doente dita seu testamento. faleceu na Antuérpia, no dia 30 de maio de 1640.

Analisando de forma mais profunda suas obras, a primeira constatação a se fazer é referente a técnica utilizada por Peter Rubens, sendo ela predominantemente óleo sobre tela de madeira. Dentre as características mais marcantes de seu trabalho, temos mulheres voluptuosas e corpulentas, paisagens com valorizações das cores e movimentos, Cenas mitológicas, Cenas dramáticas e paixão religiosa e composições extremamente dinâmicas. Outras obras de importância ímpar em sua trajetória são: A adoração dos reis magos, Vênus frígida e os silenos bêbados.