Apneia pode causar hipertensão arterial, aumento do risco de eventos cardíacos, infarto agudo do miocárdio e aumento do colesterol (foto: Lucas Orte)
Na segunda-feira passada (21), o morador da Vila Mariana Bruno Costa Brosens foi encontrado morto na piscina de seu condomínio. Brosens, de 36 anos, tinha o habito de praticar apneia, de acordo com vizinhos. A reportagem da Vila Mariana investigou sobre a técnica, trazendo a definição, onde se pratica e os possíveis riscos.
Apneia é a técnica de interromper o contato das vias aéreas com o ar atmosférico, em palavras mais simples, o ato de prender a respiração. Essa prática está presente desde as brincadeiras básicas de crianças, como quem fica mais tempo embaixo da água, até mesmo a técnicas de mergulho. Mas o que muitos não sabem é que o uso dessa técnica sem os devidos conhecimentos pode gerar serias consequências, inclusive a morte, como foi o caso de Brosens.
“Os principais riscos e sintomas estão relacionados a diminuição da quantidade de oxigênio que invade nossas células. Hoje se sabe que vários problemas de saúde, como a síndrome metabólica, estão relacionados a apneia. A hipertensão arterial, o aumento do risco de eventos cardíacos, infarto agudo do miocárdio e o aumento do colesterol também são exemplos de possíveis danos gerados pela ausência da circulação do oxigênio. Além disso, a apneia pode ser causada pelo tabagismo, sedentarismo e obesidade”, diz o otorrinolaringologista Dr. Joao Fanton Neto, em entrevista ao Vila Mariana.
Entre as maneiras de prevenir os riscos da apneia está sempre ficar atento ao excesso peso, no histórico familiar e na moderação do consumo de cigarros e bebidas alcoólicas. Excesso de gordura ao redor das vias aéreas obstruir a passagem do ar, e o álcool pode relaxar os músculos da garganta, prejudicando-a. Quem tem o hábito de fumar tem três vezes mais chances de causar apneia quando comparada àqueles que nunca fumaram.
Por Victor Porto, 1º semestre