Mobilidade: triciclo motorizado para curtas distâncias é produzido no Brasil

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No dia 28 de outubro, segunda-feira, o diretor da Motocar, Fábio Di Gregorio, proferiu uma palestra na ESPM-SP sobre o primeiro triciclo motorizado para transporte de passageiros fabricado em território nacional. O foco do triciclo é a locomoção para curta distância. “Acho que para curtas distâncias é uma boa alternativa, ninguém teria coragem de pegar um desses para ir até Guarulhos”.

O diretor da Motocar explicou que os 200 primeiros triciclos foram montados em Manaus e falou sobre o público-alvo, os comerciantes. “Esse é um tipo de veículo que não chega a toda a população”, disse Di Gregório.

O motocar leva até três pessoas, tem uma cabine coberta e, por isso, o motorista e os passageiros são dispensados de usar capacete, como nas motocicletas. Do condutor é exigida carteira de habilitação do tipo A, a mesma exigida por motoqueiros.

A potência do triciclo pode ser comparada com a de uma moto de 150 cilindradas, mas a velocidade máxima é 70 Km/h, para compensar o peso do veículo, que também tem um bagageiro com capacidade para até 50 quilos.

“Mototáxi é um grande dilema no Brasil. Os grandes questionamentos são com relação à segurança e à higiene, já que, nas motocicletas, o passageiro usa o capacete sem saber quem o utilizou antes dele. O Motocar soluciona todos estes problemas” disse.

Na Índia, o tuk-tuk faz parte da frota formal de veículos, e, como táxi, chega a fazer 22 milhões de viagens por dia. No Brasil, surgiu recentemente como uma alternativa mais segura e confortável ao mototáxi em Manaus, Belém e Santarém.

Vinicius Costa Martins, estudante de jornalismo, estava presente e perguntou se eles se importam com o trânsito pelo fato do veículo ocupar o mesmo espaço de um carro. “O trânsito não irá mudar pelo fato de ter mais triciclos em circulação”, respondeu de maneira objetiva.

Num primeiro momento a sensação é de insegurança. “Dá, sim, uma certa insegurança ao entrar no tuk-tuk. Como tem apenas três rodas, o veículo joga um pouco para os lados. Mas é só uma questão de costume”, afirma.

Para o palestrante, ter um triciclo motorizado poderia ser status para os jovens. “Seria legal se eles tivessem um na saída da balada”, comenta.

 

Operários trabalham na montadora do Motocar, em Manaus (Foto: Divulgação)

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