Memórias Fotojornalismo – Roger Fenton

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Tatiana Hamer – (2º semestre)

Roger Fenton, nascido em março de 1819 no Reino Unido, foi um dos primeiros fotógrafos de guerra, sendo considerado um dos fotógrafos mais memoráveis e influentes da Inglaterra durante a década de 1850. Fenton é considerado como o primeiro fotógrafo de guerra por suas obras produzidas durante a Guerra da Crimeia.

Em 1851, Fenton visitou a Grande Exposição em Hyde Park em Londres e as fotos mostradas lá deixaram uma profunda impressão sobre ele. Foi a Paris para aprender o processo de gravação em papel encerado, provavelmente com seu inventor Gustave Le Gray.

No ano de 1852, ele expôs suas fotos no Reino Unido e foi a Kiev, Moscou e São Petersburgo para fazer chapas de impressão, além disso, fotografou cenários e edifícios por todo o Reino Unido. Fenton lançou um apelo ao estabelecimento de uma associação de fotografia.

O fotógrafo expôs as suas fotos em Londres e sua fama aumentou tanto que até a família real britânica falou sobre ele, posteriormente se tornando um fotógrafo da corte.

Em 1855, por iniciativa do editor Thomas Agnew, Fenton foi para a linha de frente da Guerra da Crimeia, com o assistente de fotografia Marcus Sparling, junto com o equipamento suficiente para atirar nas tropas juntas.

Esta expedição foi seu maior sucesso. Foi financiado pelo Estado em troca de não mostrar o terror causado pelos conflitos militares, garantindo assim que os soldados e familiares dos cidadãos não fossem desmoralizados.

Para Fenton, este foi um trabalho muito difícil, porque a alta temperatura fez inflamar parte do material fotográfico e forçar os soldados a manterem sua postura em alta temperatura por alguns segundos. Embora tenha sido exposto a essas altas temperaturas, fraturado várias costelas e sofrido de cólera, ele conseguiu produzir 350 negativos de grande formato.

Posteriormente, uma exposição de 312 fotos foi realizada em Londres. As vendas não foram tão altas quanto o esperado, provavelmente porque a guerra havia acabado.

Como os materiais fotossensíveis de sua época não eram muito bons, ele só conseguia tirar fotos de objetos estáticos, principalmente fotos de postura. Mas ele também fotografou paisagens, incluindo uma área perto do local onde a brigada ligeira foi emboscada – famosa no poema de Tennyson “The Charge of the Light Brigades” – chamado de “Vale da Morte”; no entanto, a foto de Finn Dunn foi tirada no vale com o mesmo nome, o “Vale das Sombras da Morte”.

Fenton, em 1858 fez um trabalho especial em seu estúdio, usando ideias românticas e imaginativas sobre a vida muçulmana, como senhoras da corte sentadas, usando amigos e modelos que nem sempre eram convincentes em seus papéis.

Roger Fenton ficou muito famoso como fotojornalista por conta de seu trabalho espetacular em guerra, principalmente pelo fato de ser um dos primeiros a saber mexer com câmera e saber trabalhar bem com ela. Um profissional como esse merece tal reconhecimento por sua garra a favor de seu trabalho.