Memórias do Fotojornalismo – Peter Hujar

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Marcelo Firpo Musumeci Junior – (2º semestre)

Peter Hujar foi um fotógrafo norte-americano, nasceu no dia 11 de outubro de 1934 e veio a falecer em 26 de novembro de 1987. Era conhecido por tirar fotos preto-e-branco, usando com maestria os efeitos de luz e sombra. Por motivos de época suas fotos são consideradas extremamente chocantes e “indecente”.

Desde criança, Hujar já fotografava, sendo boa parte de sua coleção de fotos, imagens de animais, que já pareciam ser verdadeiros retratos.

Viveu boa parte de sua infância em uma fazenda em New Jersey, porém aos 12 anos de idade, foi morar com sua mãe na cidade de Nova York. Aos 16 anos por conta de um desentendimento familiar, Hujar deixou sua casa e foi viver nas ruas. Na sua trajetória acabou conhecendo Daisy Aldan, uma mulher que era professora de inglês, poeta e editora. Aldan foi extremamente importante para a história de Hujar, pois foi ela que o ensinou a falar inglês e principalmente o introduziu ao meio artístico, pois percebeu nele um incrível potencial.

Mesmo sem portifólio, Hujar conseguiu se ingressar na School Of Industry of Art, conseguindo até mesmo uma bolsa de estudos. Ao se formar, foi trabalhar com o fotógrafo Harold Krieger atuando como um assistente de sessões fotográficas. Porém Hujar sentiu que aquele não era o seu lugar já que o trabalho realizado alí não compatia com a arte fotográfica que ele desejava fazer, então em 1967 ele deixou o lugar onde trabalhava e abriu o seu próprio estúdio, onde o que reinava era a naturalidade, isto é, a forma humana 100 por cento natural, sem nenhum tipo de artifício. Os detalhes no foco e o bom uso da luz-e-sombra eram um dos fatores que mais chamam a atenção, pois mostra o amor e o esforço que Hujar colocava em seu trabalho.

Em 1 de janeiro de 1987, após apresentar uma série de sintomas, Peter Hujar recebeu trágica notícia de que havia contraído o vírus da Aids. Ele morreu em novembro daquele mesmo ano rodeado de amigos e teve seu leito de morte fotografado, com seu trabalho pouco reconhecido em vida se comparado com os dias atuais.

Muito do que Hujar produziu hoje encontra-se em exposição em museus, como por exemplo o Museu de Arte Moderna de São Francisco