Manifestantes param o trânsito e a capital contra reformas governistas

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Caos nas curvas paulistanas: avenidas congestionaram devido às paralisações sindicais do dia 15 de março. (foto: Sofia Nunes)

 

O cidadão paulistano viu a capital parar nesta quarta-feira em função da paralisação dos servidores do transporte público. Apesar da proibição do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), trabalhadores do ônibus e metrô de todo o Brasil entraram em greve no dia 15 como forma de protesto às propostas do governo Temer para reformas na previdência social e nas leis trabalhistas. A reportagem do Portal de Jornalismo ESPM foi às ruas conferir o trânsito e o sufoco do paulistano.

A greve geral contra a reforma da previdência englobou diversas áreas de São Paulo. Na Avenida Paulista, principal via ocupada, manifestantes deram início ao protesto por volta das 16h30 e por volta das 19:30 contou com a chegada do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. A mobilização nacional, que contou com o apoio de movimentos sociais e sindicais, tinha como pauta protestar contra a reforma da previdência, proposta que procura aumentar a idade mínima de aposentadoria.

A paralisação contou com diversas categorias. (foto: Guilherme Soria)

A paralisação do transporte público em São Paulo gerou problemas para o trânsito paulistano. Devido a algumas restrições nas linhas do metrô, houve congestionamentos e lotações nos ônibus, que circularam de maneira reduzida. De acordo com a CET, a lentidão no trânsito da cidade alcançou 201km de extensão, recorde de trânsito do ano.

Muitas pessoas que dependiam do transporte coletivo tiveram de encontrar outra maneira de se locomover pela cidade. “Me ferrei” conta Ana Carolina Peixara, bióloga, em entrevista para o Portal. “Tive que ir andando e só consegui pegar meu ônibus às 10h. Cheguei uma hora atrasada no serviço, mas até que me dei bem porque não uso metrô”, contentou-se.

Ao mesmo tempo que a paralisação prejudicou alguns empregos, ela ajudou a outros. José Lindomar, taxista, pontou que a demanda por seu serviço foi maior do que o normal. Em razão disso, ele e seus colegas não optaram por chamadas via aplicativos pois eram desvantajosas.

José Lindomar diz que a demanda por taxis foi maior. Ele e outros taxistas contam que não usaram aplicativos de chamada já que o desconto dado era desvantajoso. (foto: Sofia Nunes).

Nesse dia 15, São Paulo acordou e foi dormir turbulenta. Os manifestantes, que pararam o trânsito e a capital, contam com que que a reforma da previdência seja negada e que todas as dificuldades enfrentadas hoje não tenham sido em vão. O cidadão paulistano que penou por isso, também.

 Lucas de Abreu, Giovanna Dagios e Sofia Nunes (1°Semestre)