“Quarta de Copas” recebe o jornalista Wanderley Nogueira

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O jornalista Wanderley Nogueira. Foto: Arquivo pessoal do jornalista.

 

Na última quarta-feira, 16 de abril, aconteceu na ESPM-SP mais uma edição do Quarta de Copas, um evento que trouxe para a faculdade radialistas e nomes consagrados do jornalismo esportivo. O convidado da semana foi o jornalista Wanderley Nogueira, paulistano e premiado pela Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (ACEESP), que já participou da cobertura de nove copas do mundo até 2010.

Durante a conversa o radialista se mostrou preocupado com a Copa no Brasil entre os meses de junho e julho. “Estamos há algumas semanas da copa e as promessas feitas não foram cumpridas, é o chamado me engana que eu gosto”. Wanderley criticou o governo que não pune os responsáveis pelos desvios das verbas que foram destinadas à realização do Mundial. “Só vamos fica sabendo dos prejuízos, não haverá a quem culpar.”

O repórter esportivo contou curiosidades e desafios sobre as copas do mundo que teve o prazer de cobrir, enriquecendo o encontro com a sua grande experiência. Um dos acontecimentos que merece destaque é a recusa da Jovem Pan em negociar os direitos de transmissão com a Rede Globo, na copa de 2002, por julgar o preço muito alto do que realmente valia. Para sanar este desfalque, a emissora paulista montou um time composto por profissionais que não foram para a copa, entre eles o jogador Romário, os treinadores Leão, Luxemburgo e Parreira. “Foi um verdadeiro sucesso, não só de audiência como de repercussão”, orgulha-se.

 

Dentro de campo

As expectativas do comentarista em relação ao desempenho da seleção brasileira dentro de campo também não é das melhores. De acordo com Wanderley Nogueira, os jogadores ainda precisam melhorar muito se quiserem ganhar a copa. “Nosso principal centroavante não faz gol”, ironiza. Se os trinta e cinco anos de experiência do jornalista contarem como importante característica para o desempenho do país na copa, os brasileiros terão muito com o que se preocupar.

 

Marcelo Duarte

Na quarta-feira anterior, 9 de abril, o convidado foi Marcelo Duarte. Formado pela Escola de Comunicação e Artes da USP, Marcelo fundou a editora Panda Books, e atualmente trabalha na ESPN Brasil, onde participa do programa Loucos por Futebol. Mantém também o Blog do Curioso, no qual publica matérias de diversos assuntos, além de outros trabalhos.

O convidado foi recebido pelos apresentadores Kleber Mazziero e Cadu Padula, que fizeram diversas perguntas, entre elas, qual foi a Copa mais marcante. “Acho que foi a de 1998, porque foi a primeira Copa que eu cobri in loco, e foi um grande trabalho jornalístico porque estávamos vivendo o início da internet”.

“Boa parte da minha memória de Copa, é muito formada pelo que eu li, pelo que eu vi depois, porque, trabalhando com jornalismo esportivo o tempo todo, você, obrigatoriamente, já viu um milhão de vezes esses jogos, já leu as revistas”, explicou. Marcelo incluiu muitas informações sobre sua via pessoal relacionadas ao esporte, como, desde o começo, tinha afeição pelos jogos. Um exemplo que deu foi que desde os 10 anos colecionava a revista Placar, por ser um fanático por futebol.

De acordo com o jornalista, ele foi traçando sua carreira através de situações engraçadas, participando de programas de uma forma mais despojada. Foi quando começou a ir aos eventos esportivos, não para falar sobre o esporte, mas sim para pesquisar sobre acontecimentos diferentes.

Outro assunto marcante na conversa foram as manifestações, no qual expressou sua opinião: “A melhor coisa que aconteceu na Copa foi isso, de as pessoas pedirem hospitais padrão FIFA, metrôs padrão FIFA, escolas Padrão FIFA. Se daqui quatro anos a gente voltar aqui, vou dizer que o legado da Copa foi as pessoas acordarem”, afirmou.

Marcelo concluiu a conversa falando sobre a Copa de 2014. “Acho que vai ser um sucesso, mas pode ser um desastre também”, argumentou sobre as incertezas, tanto futebolísticas, quanto políticas que o Brasil vem passando. E, quando perguntado o que seria se não fosse jornalista, disse: “Uma pessoa muito triste”, exaltando a profissão. 

Fernando Turri, Thayane Matos, Tainá Valadares e Gustavo Torniero (1º Semestre)