Foliões em São Paulo pagaram até R$ 5 para usar banheiro no carnaval de rua

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Mais de 200 blocos tomaram diversas ruas de São Paulo entre os dias 23 de janeiro até 9 de março, e, com o fim do carnaval, foliões que participaram da festa apontam falhas na organização, e reclamaram de problemas como falta de banheiros ou segurança nas ruas por onde os blocos circularam.

Beatriz Ramires, 20, conta que foi em um bloco na Avenida Sumaré e achou surpreendente o número de pessoas. Para abrigar o contingente foram fechadas as duas faixas da avenida, porém, não havia banheiros. “Os homens, principalmente, faziam na rua […] vi gente batendo em casas e até lugares cobrando R$ 5 para usar o banheiro” conta. Beatriz ainda chamou a atenção para o alto preço das comidas e bebidas. Bruna Vilela, 18, também comentou sobre a falta de banheiros no bloco que foi na Vila Madalena: “quanto à comodidade, não tem o que falar, é zero!”

O estudante Dante Machado, 17, comentou que não viu nenhum segurança no bloco que foi em Pinheiros. Lara Junqueira, 21, também chamou atenção para a falta de segurança: “se tivesse acontecido alguma briga as coisas poderiam ter se complicado” diz.

Por outro lado, Henrique Martorelli, 20, foi em três blocos: um na Benedito Calixto, outro em Pinheiros e outro na Vila Madalena. “Em termos de segurança não vi nada demais. Parecia tranquilo mas sem ninguém para vigiar” comenta.

Da mesma forma pensa Pedro Fonseca, 20, que afirmou ter visto muitos policiais no bloco que foi. “O maior problema que notei foi a quantidade de bêbados, muita gente apagada no chão, mas pra mim isso é culpa das pessoas e não da organização em si”, complementa.

Em entrevista ao site de notícias G1, o presidente da SPTuris Wilson Poit reconheceu que a colocação de 300 banheiros químicos não foi suficiente. O secretário municipal da Cultura, Juca Ferreira, contou em entrevista ao mesmo portal de notícias que a prefeitura teria que garantir atendimento médico, bloqueio de ruas, banheiros químicos e policiamento. “É o início de um processo que eu tenho certeza que no próximo ano vai ser melhor, no outro melhor ainda. E a gente caminha na direção de uma outra realidade”, alegou.

Ana Maksoud (1 semestre)