ESPM-SP simula debates da ONU com estudantes

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Mentes diferentes, resultados singulares. É com base nessa ideia que acontecerá, na ESPM-SP, a primeira simulação da ONU, chamada ESPMUN (ESPM Model United Nations), entre os dias 2 e 4 de maio.

A ideia do projeto surgiu de alunos de Relações Internacionais que haviam participado do maior modelo de simulação do mundo, desenvolvido pela Universidade de Harvard, a HNMUN (Harvard National Model United Nations). A partir dessa experiência, os alunos criaram uma entidade chamada Câmara Jr., com o objetivo de desenvolver os universitários da ESPM-SP nas áreas de trabalho em equipe, liderança, argumentação e expressão oral.

A ESPMUN é o primeiro grande projeto da Câmara Jr. e conta com a participação dos alunos da faculdade. Nela, os estudantes são representantes de Estado e discutem temas da agenda internacional, respeitando a política externa dos países em questão.

“O objetivo de uma simulação não é enaltecer a ONU, mas o contrário: poder desenvolver uma visão crítica de quais são os méritos e defeitos dessa instituição e principalmente o que precisamos fazer para melhorá-la”, afirma Aberto Montoya, professor de relações internacionais que supervisiona o projeto.

Na primeira edição, dois comitês devem embasar os debates: o Comitê de Desarmamento e Segurança Internacional, que lida com problemas que ameaçam a paz e afetam a comunidade mundial, e o Comitê de Direitos Humanos, órgão intergovernamental do sistema das Nações Unidas responsável por fortalecer a promoção e a proteção dos direitos humanos ao redor do globo.

A simulação também conta com o setor de imprensa, em que alunos de jornalismo farão a cobertura dessas discussões seguindo a linha editorial dos principais jornais do mundo, como The New York Times, El País, Washington Post, e da rede de televisão árabe Al-Jazeera.

Para Luís Renato Nogueira, um dos idealizadores do projeto e que participou da simulação HNMUN, em Harvard, esse tipo de atividade traz benefícios de curto e longo prazos para os alunos que participam. “Os temas discutidos são de projeção global. Questões de alta complexidade e, em sua maioria, sem solução oficial. Portanto, manter uma discussão política, econômica, legal, de pauta internacional, em um ambiente com alunos de pontos de vista diferentes e divergentes, faz você entender seu papel como ‘estudante global’, como ‘cidadão internacional’”, argumenta. “Além disso, o debate nos faz sair da zona de conforto, com responsabilidade e respeito aos ideais e políticas de outros países.”

Giovanna Vieira (1º semestre)

Ambiente de debate da ONU, nos Estados Unidos, que serve como modelo para a ESPMUN. Foto: Divulgação