Entenda por que é comemorado em junho o Mês do Orgulho LGBT

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Pedro de Sales (2º semestre)

Junho é internacionalmente conhecido como o mês do orgulho LGBTQIA+. Nesse período, diversos eventos de ações em prol da comunidade são realizados, dentre eles, a tradicional Parada do Orgulho LGBT, celebrada em vários países ao redor do mundo, com o objetivo de comemorar o valor e a cultura das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgênero (LGBT), além disso, grupos ligados à comunidade LGBTQIA+, como as pessoas intersexo.

Muitas pessoas não sabem a razão de junho ser o mês de celebração para a comunidade. O motivo se deve às manifestações que se iniciaram no dia 8 de junho de 1969, nos Estados Unidos. A partir de então, uma série de movimentos foi iniciada por parte de pessoas do grupo, a fim de reivindicar seus direitos na sociedade.

Um desses movimentos foi a Rebelião de Stonewall, uma série de protestos violentos e espontâneos de membros da comunidade LGBT contra a invasão da polícia de Nova Iorque, que aconteceu nas primeiras horas do dia 28 de junho de 1969 no bar Stonewall Inn, localizado em Manhattan. Nesse estabelecimento, considerado um bar gay, não entravam policiais, pois os donos eram da máfia italiana e pagavam propina. O estopim foi a reação das pessoas que assistiram à violência policial, que se reuniram na frente do bar e jogaram moedas e garrafas nos policiais.

Marsha P. Johnson, negra, drag queen e prostituta, esteve na linha de frente dos protestos a favor da comunidade LGBT. É conhecida como um símbolo do grupo, sendo responsável pela luta em prol da libertação LGBT. Sem ela, provavelmente, as paradas de orgulho não existiriam nos dias de hoje. Atualmente, as marchas são realizadas anualmente, como forma de homenagear as conquistas alcançadas por Marsha e a Rebelião de Stonewall.

No Brasil, a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo acontece na Avenida Paulista, desde 1997. No ano de 2006, foi reconhecida como a maior parada do orgulho LGBT do mundo pelo Guinness World Records.

Ainda que o orgulho e o amor estejam progredindo, alguns dados devem ser considerados, principalmente no Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a cada uma hora um LGBT é agredido no Brasil. Além disso, o país é o que mais mata pessoas transexuais no mundo. Ademais, pessoas trans têm a expectativa de vida em torno de 35 anos de idade, enquanto uma pessoa cisgênero chega em torno de 76 anos.