Encontro na ESPM debate os limites da liberdade de expressão

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Os professores Renato Essenfelder (esq.) e Antonio Rocha Filho durante o debate | foto Douglas Clementino

Existem limites para a liberdade de expressão? Quais são eles?

O tema, polêmico, foi debatido no dia 20 de fevereiro em evento organizado pelo Centro Acadêmico da ESPM . Usando como gancho a polêmica opinião da âncora Rachel Sheherazade, do SBT, que manifestou simpatia aos justiceiros que amarram um adolescente a um poste na praia do Flamengo no dia 31 de janeiro, os professores de jornalismo Antonio Rocha Filho e Renato Essenfelder aprofundaram a discussão.

Para o professor Renato Essenfelder, Sheherazade reproduz uma violência que remonta ao Brasil colônia e revela um discurso cheio de intolerância e preconceito. Segundo ele, o comunicador que trabalha em TV –uma concessão pública, ressalta – deve ser ainda mais responsável e atento.  “A função do jornalista é ao lado do interesse público, contando histórias com ética e responsabilidade, sem esquecer de abranger todos os pontos de vista sobre um assunto”, diz.

Ele enfatizou os direitos e deveres dos cidadãos e a importância da questão ética jornalística, pobremente tratada nas redações.

Antonio Rocha Filho destacou a importância da liberdade de expressão para a existência da democracia e ressaltou o valor da imparcialidade no jornalismo. Ambos acreditam que a mídia é um fator de influência na vida das pessoas, e que a construção da liberdade de expressão é diária. “A liberdade de expressão não se consolida nunca, é uma construção diária”, afirmou Essenfelder.

O debate ainda contou com a participação de alunos que questionaram a censura, a influência da mídia e a credibilidade dos veículos de informação.

Camila Boni (quinto semestre)