Em cartaz no Ibirapuera, 30 X Bienal expõe retrospectiva das bienais de São Paulo

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A “Bolha Amarela” (1967-1968), de Marcelo Nistche, chama atenção no primeiro andar da exposição. Foto: Gabrielle Molento

 

A mostra 30X Bienal: Transformações na Arte Brasileira da 1ª à 30ª Edição celebra as 30 edições de bienais de São Paulo. Com caráter comemorativo, reúne 111 artistas que participaram de outras edições e 250 criações. Nem todas as obras participaram de exposições anteriores, mas todas as criações foram selecionadas pelo curador Paulo Venancio Filho e estão expostas no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera.

As produções são de artistas nacionais ou estrangeiros nacionalizados brasileiros. As exposições, que ocorreram em bienais de São Paulo desde 1951, seguindo ou adaptando às artes plásticas nacionais as tendências estrangeiras, contribuíram para a formação da pintura, da gravura e da escultura no País.

A exposição foi organizada com a distribuição das obras pelos ambientes, seguindo um percurso dinâmico e flexível. Segundo informações publicadas no site do evento, apesar remeter à continuidade histórica das épocas, a mostra não segue necessariamente uma cronologia.

Os movimentos apresentados vão desde a arte abstrata dos anos 1950 até a contemporaneidade do final do século 20. Nos ambientes da exposição, é possível sentir o clima das edições anteriores, seja através de fotos em preto e branco ou de outras obras espalhadas no pavilhão.

Aliás, a diversidade da exposição é um ponto que chama atenção. Existem obras em que a importância está nas cores, outras na geometria. Texturas, materiais, tudo estabelece certo tipo de relação dos trabalhos com ambiente e com o espectador.

“Trepante” (1965), de Lygia Clark, arte com aço inoxidável em espiral. Foto: Gabrielle Molento

Linhas do tempo

Lygia Clark é uma das artistas que tem suas criações expostas. Uma dessas obras é a Trepante (1965), constituída de aço inoxidável em espiral. Segundo o site da Associação Cultural O Mundo de Lygia Clark, é uma produção que conta com a participação do espectador e se expressa colada a qualquer suporte. Nesse caso, os troncos de madeira.

“Achei muito interessante essa edição comemorativa e a sutil linha do tempo que ela segue entre os andares. Você consegue perceber, entre as obras, o momento histórico em que os artistas se encontravam e o movimento que seguiam. Gostei do fato dessa exposição mostrar um pouquinho de cada edição passada”, diz a estudante Priscilla Longo, 22, que já frequentou diversas mostras culturais.

A exposição acontece até o dia 8 de dezembro no Parque do Ibirapuera, no Pavilhão da Bienal. A entrada é gratuita e o Educativo Bienal realiza, nos finais de semana, visitas orientadas a cada trinta minutos para público espontâneo ou, durante a semana, para grupos agendados.

 

Serviço
30 x Bienal: Transformações na Arte Brasileira da 1ª a 30ª Edição
Data: 21 de setembro até 8 de dezembro
Local: Parque do Ibirapuera – Pavilhão da Bienal – São Paulo
Horário: Fechado as segundas
Terça, quinta, sábado, domingo e feriados das 9h as 19h – entrada até as 18h
Quarta e sexta das 9h as 22h – entrada até as 21h
Entrada gratuita

 

Gabrielle Molento (1° semestre)