Nacionalidades diferentes são marca da identidade do bairro

Peter Tsai, que vive na Vila Mariana há 13 anos. Foto: Gregório Torossian

Share

Peter Tsai, que vive na Vila Mariana há 13 anos. Foto: Gregório Torossian

Na Vila Mariana, vivem pessoas de diversas nacionalidades, revelando uma sociedade de indivíduos com conhecimentos e culturas completamente distintas da cultura brasileira.

Peter Tsai, 56, comerciante, e Marina Matar, chefe de cozinha de um restaurante árabe no bairro, são exemplos de pessoas que vieram de seus países para o Brasil, e explicam porque escolheram a Vila para morar.

Tsai, que chegou do Taiwan em 1988, mora na Vila Mariana desde 2001. Ele escolheu o bairro pelo fato de ser um ótimo ponto para comércio. Também é pai de família e dono de uma pequena venda.

Segundo ele, as principais diferenças que causaram impacto na sua adaptação foram os problemas de segurancca no Brasil e a forma como as pessoas lidam com suas responsabilidades no dia a dia. “Aqui não saio sozinho à noite”, diz.

Memórias

Marina nasceu em Beirute, no Líbano, e chegou ao Brasil há 25 anos.  Ela trabalha como chefe de cozinha no restaurante que pertence ao seu marido e vive no bairro com a família.

Ela escolheu morar na Vila Mariana porque, segundo ela, o local lembra como era sua familia e sua vida durante a adolescência. “Eu posso dizer que sou VM, ou seja, vila marianense”, diz.

Além disso, Marina reconhece que o bairro tem ótima localização e é um excelente ponto para comércio. Segundo ela, a segurança no bairro é relativamente boa a presença das faculdades ajuda na lucratividade do restaurante.

O maior impacto cultural, para ela, foi a liberdade que existe no Brasil. Ela observa que, em seu país, pouco se discutia sobre questões como relacionamentos homossexuais, por exemplo.

Quando se anda pelas ruas da Vila Mariana, é possivel perceber que realmente pessoas de diferentes países possuem comércios e vivem no bairro. Sendo assim, a região tornou-se um local onde a convivência virou uma forma de aprendizado, onde se pode aprender um pouco de cada cultura em um simples almoço.

Gregório Torossian (1° semestre)