Médico do São Paulo Ricardo Galotti, durante evento da CBF – Foto: Reprodução / Instagram
Cauê Mello e Breno Moraes – 2º semestre
O calor tem sido escaldante em algumas regiões do Brasil. O país bateu um novo recorde de temperatura no país ao alcançar 44,8°C no município de Araçuaí, no norte do estado de Minas Gerais, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Além de ser uma realidade local, o calor extremo também se insere em um contexto global de mudanças climáticas, evidenciando a conexão entre o clima urbano e o fenômeno do aquecimento global. De acordo com o site e observatório climático europeu Copernicus, outubro de 2023 superou vários recordes, sendo o mês mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,30°C..
O sol inclemente não apenas eleva a temperatura ambiente, mas também impõe desafios significativos ao corpo durante a atividade física. À medida que enfrentamos temperaturas cada vez mais elevadas, a prática de esportes ao ar livre torna-se um reflexo das transformações climáticas em curso.
Nesse contexto, é crucial compreender os cuidados necessários para garantir uma prática esportiva segura e saudáveis. Entre eles, escolher horários mais amenos, priorizar a hidratação e estar atento aos sinais do corpo, segundo Ricardo Galotti, médico do São Paulo Futebol Clube e especialista em medicina esportiva.
“O calor excessivo aumenta significativamente a transpiração, levando a uma perda mais acentuada de líquidos e minerais essenciais. Se não acompanhado por uma hidratação adequada, esse processo pode resultar em quadros de desidratação, comprometendo não apenas o rendimento esportivo, mas também a saúde geral do praticante”, adverte o profissional.
Sobre a faixa horária mais segura para a prática de atividades físicas ao ar livre em dias de calor intenso, Ricardo enfatiza a importância de considerar o período de menor incidência solar. “A realização de exercícios nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde pode ser mais benéfica, evitando os picos de temperatura que caracterizam as horas centrais do dia”, reforça Galotti.
A relação entre o aquecimento global e a experiência daqueles que se exercitam ao ar livre revela uma conexão entre as escolhas individuais e o panorama climático global. A busca por um estilo de vida ativo se torna, assim, não apenas uma jornada pessoal, mas também uma resposta aos desafios impostos por um planeta em transformação.