O jornalista e editor da TV Futura ministra aula magna a alunos de jornalismo. (Foto: Stéfani Inouye)
“Como nós enxergamos o mundo?” Essa foi uma das primeiras perguntas que o jornalista da TV Futura e professor da ESPM-Rio, José Brito Cunha, fez na aula magna aos alunos de jornalismo da ESPM-SP, nesta quarta-feira (17).
Cunha também destacou as consequências de adquirir uma grande quantidade de conhecimento com apenas alguns cliques. “O excesso de informações e possibilidades está fazendo essa geração jovem ter ansiedade crônica”, afirma. O palestrante exibiu We All Want to be Young, um documentário fala como as várias gerações de jovens têm conquistado o mundo e a própria liberdade mundo através da comunicação por redes sociais.
O palestrante também destacou a vontade dos meios de comunicação, da indústria do entretenimento, da publicidade e do consumo de se comunicarem com jovens. “Pessoas que estejam na fase dos 13 ou antes dos 30 anos fazem parte da geração que mais se torna independente, que mais consome, que traz possibilidades de entender novas tendências”.
O jornalista lembrou que há aproximadamente 120 milhões de brasileiros conectados a internet, que pretendem ser notados pelo que postam na internet. “Ninguém nunca posta algo no Facebook para que outra pessoa não veja”, afirmou Cunha. As pessoas têm buscado informações cada vez mais no Facebook do que assistindo noticiários da televisão ou lendo jornais.
Por causa disso, as emissoras estão tentando se aproximar desse público que fica mais na internet do que na TV: “Quando o Masterchef vai ao ar, as pessoas que usam o Twitter falam muito a respeito do programa e a Band às vezes interage através dele para se promover e ficar nos Trending Topics, os assuntos mais comentados na plataforma”, exemplificou o convidado.
Ao decorrer da palestra, Cunha fez uma pequena discussão sobre as mídias sociais, exibindo o documentário Levante. Ele mostra como as redes sociais podem ser utilizadas para difusão de informação durante protestos e discussões. O jornalista acredita que o “mobile é mais um comportamento do que uma tecnologia, pois as pessoas ficam com o equipamento na mão, mas eles não usam pelo fato do equipamento ser um equipamento. Elas usam isso porque sabem quem podem usar ele em qualquer lugar e em qualquer hora”.
No final da aula magna, Cunha convidou os alunos para o “Desafio Futura”, onde os alunos produzirão pautas ao canal. Os alunos com as melhores propostas ganharão passagens e hospedagem para o Rio de Janeiro, onde conhecerão as instalações da TV.
Por Helena Lara (2º semestre)
Fotos: Stéfani Inouye e Paulo Jaschke (1º semestre) – Laura Fantini, Leticia Pinto (2º semestre)