Celso Freitas conversa com alunos do blog De Olho Na Carreira

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Jornalista Celso Freitas conversa com alunos da ESPM-SP. Foto: Ana Clara Maksoud.

 

Na quarta-feira, 14 de maio, o apresentador do Jornal da Record, Celso Freitas, esteve na ESPM-SP para um bate-papo com os alunos Laura Stabile e Henry Zatz, do blog De Olho Na Carreira. A conversa ocorreu no estúdio de rádio.

Freitas contou que começou no rádio com 16 anos, por acaso, quando seu pai o apresentou para o dono de uma rádio em Criciúma, Santa Catarina. Freitas foi, então, convidado. Jamais havia sonhado em trabalhar em rádio. “Meu sonho era ser um piloto de caça ou então um engenheiro eletrônico”, disse. Explicou que, depois de um tempo na rádio, virou rádio-escuta, ouvia e reescrevia as notícias nacionais e internacionais para juntar com as locais e compor o noticiário. Contou mais sobre a sua trajetória em Santa Catarina até se alistar no exército e ir para Brasília, em 1972.

“Fiquei confinado 45 dias no quartel e o primeiro lugar que visitei, quando saí, foi a Rádio Nacional de Brasília”. Foi contratado para trabalhar na rádio e ficou lá até chegar a São Paulo, onde fez faculdade de jornalismo.

Na conversa, o apresentador se posicionou a favor da obrigatoriedade do diploma para jornalistas. ”Acho importante que o profissional tenha o embasamento que a faculdade oferece”, pois, para ele, o profissional tem responsabilidades extremas sobre aquilo que publica.

Sobre a imprensa atual, comentou que o papel do profissional, hoje, é ter o equilíbrio de buscar o que a sociedade reivindica, já que ela está em constante transformação. Para exemplificar, falou sobre a homofobia, que antes era aceita e agora é combatida.

Também falou sobre a postura dos âncoras das emissoras. Para ele, expressar sua opinião é uma questão crítica. “Eu não gosto, particularmente”, defendeu. Para ele, é preciso respeitar a grande parcela do público e em assuntos polêmicos é difícil agradar a todos.

Por fim, deixou uma dica aos que querem ser apresentadores. “Não existe fórmula para isso”. Segundo ele, o profissional tem que ser um bom repórter e ter um tempo de maturação para chegar à bancada, além de ter simpatia e provocar empatia.

Ana Maksoud (1 semestre)