Brasileira relata o que vive no Japão após surto da Covid-19

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Pedro Carvalho (2º semestre)

Nesta quarta-feira (1/04), o Japão anunciou o número de casos confirmados pelo COVID-19, mais conhecido como coronavírus, chegando a 2.467 casos, sendo 73 mortes. Segundo o noticiário japonês NHK, dos 2.467 casos, 712 (11 mortes) são do cruzeiro Diamond Princess, atracado no porto da cidade de Yokohama.

Até então, doze mortes foram confirmadas, seis delas eram de pessoas que frequentaram o cruzeiro. Entre todas as regiões, as mais afetadas são Hokkaido com 82 casos, Aichi, com 41, Tóquio, com 40 e Kanagawa com 31.

Luisa Del, 18 anos, é estudante e brasileira, e, atualmente, vive em Tóquio com a sua família. Segundo ela, o vírus impactou bastante o cotidiano: “houve mudanças, todas as escolas e universidades foram aconselhadas a fechar por pelo menos 15 dias, cinema, teatro, museus e exposições também foram fechados e muitos funcionários de empresas estão trabalhando em casa para evitar o contato com o vírus”. De acordo com Luisa, a capital japonesa também enfrenta falta de alguns tipos de produtos importantes neste momento, como papel higiênico, álcool em gel ou líquido e máscaras.

Apesar dos casos anunciados serem numerosos, Luisa não conhece ninguém que tenha sido contaminado. “Todos nós usamos máscara para sair de casa e carregamos sempre álcool gel na bolsa ou conosco. Também procuramos sempre lavar as mãos e respeitamos as recomendações de proteção contra o vírus”, disse, ao referir-se à sua família e amigos.

Para ela, no entanto, os cidadãos andam bem assustados e, mesmo quando precisam se encontrar, evitam lugares pequenos ou com muitas pessoas, como bares ou baladas.