Atual geração sofre com problemas de vício em redes sociais

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Por Arthur Salazar e Luca Ioni (1º semestre)

O uso contínuo de redes sociais e smartphones está causando maior dependência em seus usuários, tornando-se uma realidade cada vez mais assustadora, e, por isso, preocupando cada vez mais os especialistas. Estudos recentes da Universidade de Chicago apontam que o vício pela internet pode ser até mais forte do que substâncias químicas, como drogas e álcool.

Segundo o psicólogo Elmiro Filho, as redes sociais são viciantes “porque nos dão prazer, devido a um esquema de reforçamento envolvido.” Nesse caso, somos reforçados positivamente quando recebemos, por exemplo, uma curtida em uma postagem, nada mais que um sinal de aprovação. Já o reforço negativo vem no momento em que nos distraímos de uma situação ruim por meio do uso das redes sociais.

É evidente que o mundo virtual é muito atrativo ao cérebro do ser humano, que usa esta diferente realidade, muitas vezes, como válvula de escape. Entretanto, Elmiro Filho explica que pacientes admitem passar mais tempo do que gostariam nas redes, o que ocupa muito do seu tempo, problema cada vez mais frequente.

Dessa forma, o vício nas redes sociais causa muitas consequências ao seu usuário, desde a procrastinação à ilusão de uma vida perfeita.  O psicólogo afirma que somos bombardeados diariamente por imagens de pessoas bem sucedidas, essa ilusão é a de uma vida perfeita, que não existe. O perigo reside na ideia de que a vida tem um modelo específico e único de felicidade, que, quando não é atingido, pode desencadear doenças como a depressão.

Recentemente aplicativos que limitam ou mostram o tempo de uso do celular se tornaram populares. No caso do iPhone, esse aplicativo já é nativo do modelo e ajuda os usuários a manter um controle básico sobre sua utilização. Alternativas como essas tentam ajudar na criação de um cenário positivo em relação ao vício.