Adolescentes vão ao Rock in Rio pela primeira vez

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Festival de música idealizado nos anos 1980 ainda surpreende os novatos – Foto: Julia Montgomery

Isabella Zuppo (1º semestre)

O Rock in Rio se tornou marcante para diferentes gerações. Desde o primeiro evento, em 1985, milhares de pessoas veem na experiência de assistir aos seus shows um momento inesquecível. Na 20ª edição, realizada entre os dias 2 e 11 de setembro – os dois últimos fins de semana –, adolescentes tiveram a oportunidade de ir à “cidade do rock” pela primeira vez.

A aluna de Jornalismo Julia Montgomery, de 18 anos, não sabia o que esperar, e ficou positivamente surpresa com o que viu. “Já tinha visto vídeos e algumas coisas, mas não sabia. Fui com minha mãe e meu pai, queríamos os ingressos para domingo que era o Justin Bieber, mas não conseguimos comprar. Mas fomos no sábado ver o Post Malone, achei muito, muito bom. Também vi o Alok, Marshmellow, o Pk com o Don Juan no Espaço Favela, que estava surpreendentemente bonito”.

A estudante de Ensino Médio Isabella Forte, de 16 anos, tinha expectativa em relação à programação internacional, mas também gostou das atrações brasileiras. “Fui na intenção de ver todos os shows, mas o mais esperado era o do Justin Bieber, que foi incrível, com queima de fogos durante a apresentação, que teve muito mais destaque que os outros. Outro show que me impressionou muito foi o da Luiza Souza, que não esperava nada dele, mas encheu muito”.

Brindes, preços altos e muita gente – Em paralelo às apresentações, alguns restaurantes e algumas marcas distribuíram brindes. Julia ganhou três dispositivos de assistência virtual, após sair correndo de um dos shows para o espaço de uma companhia aérea, que estava distribuindo o aparelho. “As filas estavam muito grandes, então ou você ficava na fila ou via os shows”, conta.

Mas além das lembranças e dos presentes, outro aspecto que chamou a atenção dos novatos foi os valores gastos. Além dos ingressos – que custaram de 312 a 625 reais –, o preço da alimentação também foi alto, mesmo em redes de fast food, que serviram refeições no local, por valores acima dos que costumam cobrar em suas lojas. “Comi um pratinho de macarrão por 55 reais”, diz Julia.

Já Isabella nem parou para comer direito. “Nos restaurantes, o número de pessoas era absurdo, até com relação aos brindes. Aí acabou nem dando tempo pra fazer nada disso. Mas tinha pessoas passando e vendendo água, refrigerante, sem precisar ir até o lugar, o que foi muito mais fácil”, acrescenta.