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Alunos de Jornalismo visitam o clube de vôlei Osasco São Cristóvão Saúde

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Júlia Peres – 2º semestre de Jornalismo

Equipe do PodJor FC ao lado da jogadora Tifanny Abreu após bate-papo
Foto: Beto Opice/Divulgação

Os alunos do PodJor FC, podcast de jornalismo esportivo produzido pela ESPM-SP em parceria com a ACEESP, e supervisionado pela professora Patrícia Rangel, visitaram nessa terça-feira, 25, o Ginásio de Esportes Prof. José Liberatti, casa do time de voleibol feminino Osasco São Cristóvão Saúde. Considerado um dos clubes mais tradicionais do vôlei feminino, Osasco é o único time brasileiro a conquistar o Campeonato Mundial de Clubes, feito realizado em 2012. Atualmente, a equipe disputa as quartas de final da Superliga Feminina contra o Sesc RJ Flamengo.

Durante a visita, os alunos conheceram as instalações do ginásio e aprenderam sobre a dinâmica do time, que é referência na cidade. Em conversa com Rafael de Marco, assessor de imprensa da ZDL, empresa responsável pela comunicação do clube, e Beto Opice, gerente de marketing do time, foi discutida a importância da assessoria de imprensa no controle de narrativas e na divulgação de informações no meio esportivo.

O ginásio, com capacidade para 4 mil pessoas, costuma estar sempre lotado. Os ingressos gratuitos, disponibilizados no site do clube, recebem uma alta demanda. Segundo Opice, a “paixão osasquense” é um dos motivos que leva os torcedores a garantirem um lugar para prestigiar o time. Mesmo com a gratuidade dos ingressos, o clube criou um programa de sócio-torcedor, que oferece benefícios como lugar garantido e acesso aos treinos.

“Eu ouvia que, quando jogavam Osasco e Rio, começava a fila para os ingressos já no horário de almoço, mesmo com o jogo sendo à noite. E realmente vi que isso é uma realidade”, afirmou Opice. Ele também destacou o trabalho da assessoria de imprensa e a interação nas redes sociais como fatores que fortalecem o vínculo com os torcedores e garantem o sucesso do time.

Além do bate-papo sobre o clube, os alunos entrevistaram a jogadora Tifanny Abreu, do Osasco São Cristóvão Saúde. Tifanny, que atua como oposto e ponteira, foi a primeira atleta transexual a disputar uma partida oficial da Superliga feminina. Ela contou como iniciou sua carreira no vôlei, inspirada pelo irmão, e explicou que se identificou com o esporte por ser onde se sentiu mais aceita e confortável.

Com uma carreira vitoriosa, Tifanny se tornou um símbolo da representatividade das mulheres transexuais no esporte brasileiro. “Sou a primeira e ainda a única no voleibol feminino. O fardo é grande, mas nunca deixei de lutar. Meu legado é único, mas ele não vai ser verdadeiro enquanto existir só eu, vai valer a pena quando houver outras mulheres trans competindo internacionalmente, como nas Olimpíadas, e podendo gritar ‘é campeã’ sem preconceito”, disse a atleta.

Tifanny também comentou sobre as dúvidas que teve ao considerar voltar ao Brasil após sua transição, um país onde muitas pessoas trans ainda enfrentam violência. “Será que esse é meu legado?”, questionou. Mesmo com o receio, a jogadora retornou ao Brasil em 2018. “Se é para abrir portas, abrirei. Se é para lutar, lutarei”, afirmou. Desde então, Tifanny segue atuando pelo Osasco e conquistou títulos como a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista.

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