30ª Bienal de Artes é destaque na programação cultural de São Paulo

“É sempre interessante você ter referências e perceber o que está acontecendo nas artes, pois elas ajudam a preencher nossa vida, como lazer e como trabalho”, diz Maíra Zimmermann, professora do curso de graduação e pós-graduação de moda da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), quando questionada a respeito do motivo que a levou a visitar a 30ª Bienal de Artes de São Paulo. Localizada no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, a mostra está aberta ao público desde 7 de setembro e tem como tema “A iminência das poéticas”.

Inaugurada em 1951, a Bienal 2012 se inspira nas ideias de constelação e de que as obras estão interligadas e relacionadas. Tendo o venezuelano Luis Pérez-Oramas como curador, a mostra recebe 111 artistas, sendo 21 deles brasileiros. A exposição se subdivide em quatro eixos: “Sobrevivências”, “Alterformas”, “Derivas” e “Vozes”; em cada um deles, os artistas se expressam por diferentes meios (pinturas, esculturas, fotografias, instalações, vídeos, sons etc). Entre os profissionais estão Bernardo Ortiz, Charlotte Posenenske e os brasileiros Sofia Borges, Eduardo Berliner, Lucia Laguna e Marcelo Coutinho. A professora Maíra Zimmermann disse ter ido à Bienal em busca das obras do artista Arthur Bispo do Rosário, um dos grandes homenageados na exposição. “Nem perguntei onde elas estão, pois quero descobri-las e me surpreender”, justificou.

As exposições que ocorrem fora do pavilhão estão entre os destaques desta edição. Em uma zona transversal chamada “Reverso”, outros museus da cidade também exibem obras e eventos ligados à Bienal. São eles o Masp, o Museu de Arte Brasileira da Faap, o Instituto Tomie Ohtake e o Museu da Cidade (Casa Modernista, Casa do Bandeirante e Capela do Morumbi), além das intervenções pela cidade de São Paulo, como na Avenida Paulista e na Estação da Luz.

Gabriel Sales, orientador na Bienal, conta que passou por uma preparação especial para ser guia na exposição. “Tivemos uma visita orientada com coordenadores e supervisores antes do início dela, para saber como tudo funciona e conhecer as obras, principalmente aquelas que são interativas com o público”, explica. Para ele, as pessoas devem visitar a Bienal para conhecer mais a arte e a cultura. “Quem vem para a Bienal tem outra visão do mundo depois que sai, uma sensibilidade muito mais aflorada”, comenta.

A Bienal recebeu 23 mil pessoas em seu primeiro final de semana aberto ao público, segundo a assessoria de imprensa do evento. O primeiro dia de exibição atraiu cerca de 7,5 mil pessoas.

Serviço

30ª Bienal de Artes de São Paulo – A iminência das poéticas

Quando: de 7 de setembro a 9 de dezembro de 2012
Onde: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, Portão 3 – Avenida Pedro Álvares Cabral
Horários: Terças, quintas, sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h (entrada até 18h); quartas e sextas, 9h às 22h (entrada até 21h)
Entrada: gratuita
Transporte:
Estacionamento no Parque do Ibirapuera – Zona Azul (cada folha vale 2 horas)
Linha especial de ônibus: 909A/10, saindo do Metrô Ana Rosa
Serviços:
O espaço da Bienal não tem praça de alimentação, mas conta com uma lanchonete e um restaurante no mezanino. Há restaurantes e quiosques espalhados pelo Parque do Ibirapuera, além do restaurante do MAM (Museu de Arte Moderna).
Informações adicionais:
Não é permitido entrar comendo ou com mochilas no pavilhão, mas há armários para guardá-las na entrada – o serviço é gratuito. Os visitantes passam por revista antes de entrar. Para mais informações sobre visitas orientadas e agendadas, acesse o site da Bienal.

Giovanna Mazzeo Sacco (2º semestre), Giovanna Moreira Hueb (1º semestre) e Laís Cebollini Guidi (2º semestre)

Obra da artista americana especializada em arte têxtil Sheila Hicks, exposta na Bienal. Foto: Giovanna Hueb